Leões voltaram a recorrer à raça para vencerem bem um jogo que iniciaram mal...
Uma semana depois de ter ganho em Arouca, em jogo no qual teve de recorrer ao fundo de si próprio para ser feliz, o Sporting repetiu em Penafiel os parâmetros dessa vitória que a intempérie e as condições do terreno tornaram épicas. Perante o segundo classificado da 2.ª Liga, os leões entraram bem mas não se impuseram, deixando que o domínio do jogo lhes fugisse por entre os dedos, processo acentuado pelo grande golo de Aldair (19 minutos).
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Para dar a volta ao texto, Leonardo Jardim voltou a testar as virtudes do plano B. Sem Slimani, o treinador leonino apostou todas as fichas em Wilson Eduardo e ganhou outra vez, voltando a beneficiar das virtudes do plano B, aquele em que retira um elemento do trio de médios (desta vez saiu Vítor) e coloca outro avançado junto de Montero.
A vitória sobre o Penafiel não teve as características dantescas da semana anterior mas voltou a relevar a atitude, a raça, o correr todos os riscos, a capacidade de lutar contra a desinspiração e sofrer para encontrá-la. O triunfo leonino teve ainda o sabor amargo da eliminação, embora essas contas tivessem sido feitas depois do jogo terminar, logo sem interferência naquilo que se passou na hora e meia de competição.
Desinspirados
Para quem precisava de vencer, de preferência marcando o maior número possível de golos, a primeira parte do Sporting foi uma desilusão. E só não foi maior porque, apesar da derrota desenhada a partir do grande golo de Aldair, aos 19 minutos, vinham notícias animadoras do Dragão, traduzidas na desvantagem do FC Porto no embate com o Marítimo. A equipa de Leonardo Jardim mostrou-se desarticulada, tornando o seu jogo pastoso, sem dar sentido prático à posse de bola que reivindicou quase por completo. Mais do que isso, teve de esforçar-se mais do que estava à espera para anular as saídas rápidas do adversário que, sem causarem calafrios a Marcelo, tinham como efeito prático um equilíbrio estratégico que não estava nos planos.
Com Montero muito isolado e a equipa incapaz de se aproximar dele, o treinador leonino viu-se impelido a alterar o sistema tático: tirou Vítor (elemento do trio de médios) e fez entrar Wilson (que foi para a direita), aproximando Carrillo do ponta-de-lança colombiano – era o mais próximo que havia de avançado para jogar na zona central, numa altura em que Slimani está tocado, enquanto Cissé e Betinho foram emprestados ao Arouca e ao V. Setúbal, respetivamente. Tal como sucedera há uma semana, o Sporting chegou ao empate sem ter feito muito para consegui-lo. E seguiu para o intervalo seguro de que teria de mudar muita coisa para dar a volta ao texto.
Wilson no meio
Para o segundo tempo, os leões começaram por ajustar o plano B que já estava em marcha nos derradeiros minutos do primeiro tempo: Carrillo derivou para a esquerda, Carlos Mané foi para a direita e Wilson Eduardo passou a ocupar o espaço central de apoio a Montero. O plano B teve como primeira vantagem a subida das linhas sportinguistas, facto para o qual se juntou a força acumulada de uns para crescer e a debilidade dos outros para manter os índices de eficácia num jogo muito físico.
O segundo tempo verde e branco mostrou uma equipa superior, que abafou por completo o adversário e não lhe deu mais hipóteses para voltar a discutir o jogo e a ser perigoso – o Penafiel fez apenas um remate à baliza nos segundos 45 minutos. O plano B de Leonardo Jardim voltou a dar resultado. E desta vez nem precisou de Slimani para ser eficaz.
Árbitro: Marco Ferreira
Trabalho com algumas decisões difíceis e quase todas boas ou aceitáveis. Na gestão corrente do jogo foi cometendo alguns erros, o principal dos quais a mudança de critério operada da primeira para a segunda parte do encontro: deixou jogar, com um critério largo e coerente, até ao intervalo, tornou-se implacável com as pequenas infrações no segundo tempo. Mas, apesar disso, acabou por não comprometer uma boa exibição.
Momento: minuto 68
O Sporting ameaçava a baliza de Coelho quando Wilson correspondeu ao cruzamento de Carrillo e colocou os leões na frente do marcador. Face à tendência dos acontecimentos, o tiro do avançado selou em definitivo a vitória leonina.
Nota técnica
Miguel Leal. Ficou confirmada a qualidade de uma equipa que sabe o que quer e o que faz. A primeira parte foi muito boa. A segunda foi mais sofrida. (3)
Leonardo Jardim. O Sporting voltou a dar a volta ao texto com intervenção do treinador. Bem nas escolhas iniciais, melhor ainda nas alterações no decorrer do jogo. (4)
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