"Que se passou com o grande Sporting, que parecia que ia devorar o Mundo nos primeiros 88 minutos do Bernabéu?". A pergunta foi feita pelo jornal 'Marca' a Beto, a propósito do encontro da fase de grupos da Liga dos Campeões, no qual os leões perderam por 2-1, com dois golos sofridos nos últimos minutos. A atuação dos leões foi muito elogiada, pensou-se até que o Sporting dali iria partir para uma grande época, mas o desenlace foi o oposto. O guardião olha para trás e admite que até agora, mais de meio ano depois, continua sem encontrar explicações.
"Demos uma boa imagem, tanto em Madrid como em Dortmund, em jogos muito importantes contra adversários complicados. Mas por fatores que até agora não conseguimos explicar - logo faremos a reflexão no final da época - não conseguimos dar continuidade na Liga, nem mesmo na Europa. Agora conseguimos uma boa sequência, com dez vitórias em doze jogos. Nos encontros com o Real Madrid ou Dortmund a motivação chega por si, mas agora já temos todas as ideias do treinador", assegurou o guardião, que em Espanha se notabilizou ao serviço do Sevilha.
Para o futuro, apesar dos seus 35 anos, Beto mantém a ambição. "A minha meta é voltar a fazer esta equipa campeã, como foi há 15 anos, quando eu cá estava. Infelizmente essa foi a última Liga do Sporting. Voltei a casa e tenho a ambição de continuar a desfrutar e a ajudar, transmitindo a minha experiência e qualidade. Ainda tenho muitos anos pela frente", garantiu.
E quando chegar a hora de pendurar as chuteiras, o que irá Beto fazer? Treinar não parece estar nos planos, ainda que, pela sua forma de ser, seja apontado como um líder... "Não é que não goste... Creio que as pessoas dizem isso por causa do meu carácter, mas na parte de falar com os jogadores não sei se o serei (risos). (...) No dia que parar, vou descansar. Não digo que não seja treinador ou diretor desportivo, mas não vejo isso num futuro próximo. Não penso muito nisso ainda. Ainda tenho mais três, quatro ou cinco anos de futebol".