O Sporting avançou ontem com um processo de despedimento coletivo que abrange cerca de 30 funcionários. No início da reestruturação interna encetada por Bruno de Carvalho, este número ascendia a seis dezenas, mas quase metade deles aceitaram reduzir os salários ou rescindir amigavelmente os contratos que os ligavam ao clube.

Os restantes foram ontem convocados pelo presidente para uma reunião, na qual lhes foi transmitido que o processo negocial chegara ao fim e que teriam de sair, independentemente da sua vontade, aplicando-se a legislação em vigor. Ou seja, os funcionários terão direito a receber 30 dias por cada ano no clube.A partir de outubro, este valor baixa para 20 dias por ano.

Após o final do encontro coletivo com Bruno de Carvalho, os visados reuniram-se individualmente com uma equipa especializada em direito de trabalho e alguns já aceitaram as condições apresentadas. Esta equipa vai estar à disposição de todos aqueles que necessitarem de apoio jurídico.

Reestruturação a votos

A assembleia geral em que os sócios do Sporting vão ser convidados a analisar a reestruturação financeira acordada com a banca já tem data marcada.Vai decorrer no próximo dia 21, no Pavilhão Paz e Amizade, em Loures. A hora da reunião magna não foi divulgada, mas tudo aponta para que a primeira chamada seja realizada pelas 20 horas.

Entre os diversos aspetos relacionados com a reestruturação financeira, especial destaque para duas operações que Bruno de Carvalho se encarregará de explicar ao pormenor: a fusão da Sporting Património e Marketing com a SAD e o futuro aumento do capital da sociedade que gere os destinos do futebol dos leões.

A documentação necessária para que os associados sejam completamente esclarecidos deverá estar disponível já na próxima semana, revela Jaime Marta Soares, presidente da mesa da AG, que justifica os sucessivos adiamentos com uma promessa feita por si: “Não haverá nenhuma AG sem que os sócios estejam devidamente identificados e elucidados sobre o que vai ser discutido.”