A época do Sporting, o golo que marcou ao Gil Vicente, a festa do bicampeonato e até o jogador que paga... mais multas: central não deixou nada por dizer
Dentro do seu registo habitual, leve e descontraído, Eduardo Quaresma esteve no programa 'As Três da Manhã', da Rádio Renascença, e não deixou nada por dizer sobre a época do Sporting, o golo que marcou ao Gil Vicente e a louca festa do bicampeonato. E confessou-se, ainda, "cansado" de Gyökeres... pelos melhores motivos.
"Estou cansado do Viktor. Ele não é chato, mas é a imagem dele. Como é muito bom, é muita camisola para assinar. Pedem-me sempre: ‘Chama o Viktor, pede ao Viktor para fazer um vídeo'. Depois chego ao balneário e já nem consigo olhar para ele. É uma pessoa cinco estrelas, adoro-o", brincou, sem abrir o jogo quanto ao possível adeus do sueco: "Ainda não se sabe... Eu acredito que sim [saída], mas... Avançados como ele há poucos".
Ainda sobre o goleador, Quaresma revelou ainda que é o que paga mais multas... por atrasos. "Quero falar do trânsito. Para chegar aqui [à RR] tive de ir quase ao Barreiro porque as estradas estão todas cortadas. Acordei às 6 horas e ouvi dizer aqui que cheguei atrasado. Não cheguei, cheguei às 7 horas. Sou pontual. Raramente pago multas de atraso. O Viktor paga bués. Vai tudo para uma caixinha, depois gastamos num jantar ou almoço. Antes era o Marcus [Edwards], agora o Viktor. Tenho acontecimentos esporádicos que me atraso por causa do trânsito", atirou.
Depois de assumir que o golo que apontou, nos descontos, na vitória com o Gil Vicente (2-1) foi "importante" na caminhada até ao título, o central recebeu uma mensagem de Daniel Bragança: "Olá Eduardo. Não haveria nada de engraçado que pudesse perguntar que chegasse ao teu nível de humor. Tu és a piada. Quem lida contigo todos os dias sabe o toque de humorista que tens. A única coisa que te posso dizer é que no dia 4 de maio, por volta das 22h45, devolveste-me a vida e a crença. A mim e aos sportinguistas. Quem não perceber o que eu estou a dizer que vá perguntar o que aconteceu a 4 de maio. Vou estar eternamente grato para o resto da minha vida por esse momento".
O médio referia-se, claro, ao momento em que, na receção aos gilistas, o defesa pegou na bola de fora da área e atirou colocado para golo. "Começou-se a dizer que podia ser o golo do campeonato. Durante uma semana fui várias vezes ao meu Instagram ver o vídeo. De cada vez que vejo arrepio-me. Não choro, mas arrepio-me bastante. Dois cantos antes a bola tinha caído ali, mas eu não estava perto. Depois disse: 'Vou estar um bocadinho mais perto e da próxima vez que a bola cair aqui vou chutar'. E aconteceu. O Trincão só dizia: 'Mano, quando atrais positividade, as coisas acontecem'", recordou Quaresma.
É cantorias, bebidas, pessoas a cair no autocarro... Quem caiu? O Pote. O rei da festa é o Pote. E também o Esgaio e o Bragança
Jogador do Sporting
Semanas volvidas, tempo para a "loucura" na festa do bicampeonato que encheu Lisboa - e não só. "Não dá para explicar por palavras. É o caminho todo a cantar. Saímos do estádio, olhámos para trás e eram milhares de pessoas. De Alvalade ao Marquês são 2 horas a andar e foi sempre a dar-lhe. É impressionante. É cantorias, bebidas, pessoas a cair no autocarro... Quem caiu? O Pote. O rei da festa é o Pote. E também o Esgaio e o Bragança", registou.
"Ok, o Sporting não ganhou durante 19 anos, mas nestes últimos 5 temos tornado o Sporting numa cultura ganhadora. Claro que o bicampeonato sempre foi um sonho. Estou muito feliz. Só sei ser campeão no Sporting, ainda não perdi um campeonato que disputei pelo Sporting", atirou o jogador de 23 anos, já com o foco na final da Taça de Portugal contra o Benfica, no domingo: "Tivemos 3 dias de folga. Não sei se foi suficiente... Temos de ser profissionais, isso é a resposta media training. O nosso foco já está no jogo. A minha resposta seria outra (risos). Esperança? Claro que tenho. Nervoso? Só no momento, duas horas antes. Quando fomos à Luz, parecia que me ia sair qualquer coisa da barriga. Mas quando começamos a jogar passa".
Sair do ninho: "Já sei fazer tudo. O Inácio ainda vive com os pais, não é estranho. O Coates dizia que me faltava mentalidade e que precisava de crescer noutros aspetos. Estava sempre a dizer-me: 'Quaresma, compra uma casa. Quando estiveres sozinho numa casa vais saber muitas coisas que não sabes hoje'. Acabei por comprar uma casa - aliás, já comprei duas. Moro com a minha namorada. Já sei fazer tudo: cozinhar, pôr a loiça na máquina, pôr a roupa a lavar. Agora como tenho piscina trato dela, da relva, limpo o chão... Contas é por débito direto, caso contrário esqueço-me. Antes tinha condomínio para pagar e tinha sempre cartas porque me esquecia. Especialidade na cozinha? É uma especialidade simples mas que eu faço bem: esparguete à bolonhesa"
Coates e os velhotes: "O Coates é incrível, foi uma peça muito importante no meu crescimento. Falo muitas vezes com ele. Tenho um grupo com o Paulinho, o Esgaio e o Seba. São os meus velhotes. O que que vai embora e não ouvimos falar dele? Esse é o Adán. Nunca mais ouvi falar dele, mandou-me mensagem há pouco tempo. Não sei se veio festejar. Acontece muito, quando se cria um grupo engraçado e unido, depois mantemo-nos em contacto. Ainda falamos com o Porro - que ganhou ontem ao Amorim. Estava a torcer pelo mister, mas não mantenho contacto com ele. Mandei-lhe uma mensagem de parabéns e ele não. Não pode mandar a todos..."
Amigos nos rivais: "No Benfica os que tenho próximos é o Tomás Araújo e Samuel Soares. Tinha o João Neves, que foi para o PSG. No FC Porto não posso dizer que são muito chegados, mas o João Mário, o Fábio Vieira e o Mora. Adoro o miúdo, 5 estrelas. Ele tem 18, eu já tenho 23, já é miúdo"
Rotina: "Normalmente tenho amigos em casa, sou desses. Gosto de um churrasquinho. No inverno sou mais de Netflix e estar em casa. A minha namorada gosta de sair e estar fora de casa. Tenho de dizer-lhe 'calma, tenho jogo daqui a dois dias, vamos descansar um bocadinho'. Sou um misto. Tenho fases em que gosto de estar em casa. Gosto de jogar computador e Playstation, às vezes passo tardes inteiras a jogar aquilo. Jogo favorito é Call of Duty, às vezes tiro os phones e parece que ainda estou a ouvir tiros. E depois tenho fases em que gosto de ir à praia e ter malta em casa, é mais no verão"
O maior da sua rua: "O maior é o Nuno Santos, é meu vizinho. Também é um pai para mim"
Medo de não voltar ao Sporting após empréstimos: "Bué. Tinha muito medo de não conseguir voltar. Sempre disse que me queria afirmar no clube do meu coração. Queria ser uma peça importante num campeonato. No de 20/21 não joguei muito, senti que faltava ali qualquer coisa. No de 23/24 voltei a não jogar a primeira fase quase toda, depois houve o clique no jogo com o FC Porto. Aí fiquei bastante realizado, mas este ano foi a consagração"
Sentido de humor: "Acho que é a minha maneira de responder aos mais velhos. Só estando comigo na minha rotina é que percebem o quão engraçado sou. Não é de mandar piadas... Futuro? Depois do futebol venho para a rádio porque estou a adorar isto"
Camisolas em casa: "Tenho 33 camisolas. Só sei porque a minha namorada contou-as há pouco tempo"
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