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09 dezembro

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Sporting-P. Ferreira, 3-0: Paços trocados ao ritmo de Viana

"Sem soluções na 1ª parte, para além dos cruzamentos aéreos para Jardel, o Sporting tomou conta da partida muito por ''culpa'' da subida qualitativa do jogo de Hugo Viana, a ser capaz de se libertar e de provocar desequilíbrios"

O MIÚDO Hugo Viana teve influência preponderante na subida de rendimento do Sporting na 2ª parte e na quebra da resistência de um Paços de Ferreira que fora até ao intervalo um adversário incómodo e atrevido. A equipa leonina chegou ao intervalo em vantagem, mercê de uma fífia do guarda-redes Pedro, que Jardel teve o mérito de estar no sítio certo para aproveitar. Mas sentiu até aí grandes dificuldades em ganhar o meio-campo e a supremacia no jogo, por duas razões fundamentais: o retraimento dos dois Bentos [Paulo e Rui], muito preocupados com as marcações face ao 4x3x3 ousado e dinâmico do Paços, e a dificuldade de Hugo Viana encontrar o seu espaço descaído sobre o lado esquerdo; a boa capacidade de circulação de bola do Paços associada à dinâmica que imprime ao jogo ofensivo, o que condicionou o apoio do meio-campo leonino à movimentação ofensiva.

Sendo o Paços uma equipa que promove uma boa circulação da bola, o que significa que não a perde facilmente, criou dificuldades naturais ao Sporting, nomeadamente ao seu meio-campo. Faltaram as diagonais de Paulo Bento no meio-campo adversário a criar desequilíbrios e faltou decididamente uma ala esquerda para o Sporting carrilar o seu jogo [Rui Jorge pouco afoito a subir face ao despique directo com Mauro e Hugo Viana desenquadrado, deixando a equipa coxa pelo lado esquerdo].

Neste quadro, o Sporting viveu em termos ofensivos da inspiração e criatividade de João Pinto, que continua em excelente momento de forma, e dos rasgos de um Pedro Barbosa, ontem muito concentrado e a revelar um espírito de entreajuda pouco habitual nele.

O primeiro golo de Jardel, aos 14', foi uma dádiva de Pedro – caiu do céu, já que o Sporting nada fizera até aí que o justificasse. Com o meio-campo distante da linha avançada, o ataque leonino só criava perigo quando João Pinto, sobretudo, e Pedro Barbosa ganhavam os despiques individuais. O recurso ao cruzamentos para Jardel foi excessivamente utilizado, facilitando a vida aos defesas contrários porque a bola não era cruzada da linha. Esta Jardel-dependência reduziu as soluções atacantes ao Sporting e permitiu ao Paços ser atrevido a sair para o ataque, com uma frente de ataque com três homens [Mauro e Zé Manel abertos nas alas no apoio a Leonardo]. Raras são as chamadas equipas "pequenas" que vêm a Alvalade jogar num descomplexado e assumido 4x3x3, como o fez José Mota.

Na 2ª parte, a história foi bem diferente, muito por "culpa" do miúdo Viana, que "abriu o livro" na ala esquerda. Aos 46' fez cruzamento perfeito para Paulo Bento chutar contra Pedro, em posição de golo iminente. Dois minutos depois, cruzou para o coração da área, onde João Pinto rematou à meia volta e proporcionou a Jardel o segundo golo. Aos 50' isolou Rui Jorge a caminho da área, e este com a ânsia de meter a bola em Jardel não viu Quaresma completamente solto. Aos 52' e 57' saíram dos seus pés duas grandes oportunidades de golo para João Pinto, com este a rematar por cima da barra na primeira e em cheio na barra, na segunda.

O Sporting tomara decididamente a iniciativa e o controlo da partida, mudança para a qual se revelou decisiva a subida qualitativa do jogo de Hugo Viana, a ser capaz finalmente de se libertar e de provocar situações de desequilíbrio.

O segundo golo de Jardel [o seu "faro" pelo golo é, de facto, um dom que raros jogadores no mundo se podem gabar] "matou" praticamente o jogo. É verdade que o Paços nunca baixou os braços, que continuou a criar bons lances de futebol, mas faltou-lhe sempre contundência no último terço do campo para se tornar perigoso. Por outro lado, o Sporting sentindo-se com a vitória na mão, consolidada aos 73' com o terceiro golo de Hugo Viana [pois, quem haveria de ser?], geriu a vantagem, defendendo mais perto da sua área.

Um lance na área suscitou dúvidas entre Quaresma e Zé Nando, mas ANTÓNIO COSTA agiu correctamente ao nada assinalar. Houve ainda uma falha grave do assistente, ao deixar passar um claríssimo fora de jogo a Jardel, na 2ª parte.

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