João Costeado - que este sábado vai sentar-se no banco do V. Guimarães, no encontro frente ao Tondela, relativo à Allianz Cup, com o estatuto de treinador principal - estava sem exercer qualquer atividade relacionada com o futebol profissional desde 2020, quando abandonou o Desportivo das Aves, em solidariedade com Augusto Inácio, o então líder da equipa técnica avense. Três anos depois, o antigo futebolista e treinador de guarda-redes dos vimaranenses regressa a uma casa que bem conhece, para, de certa forma, ajudar o clube e o novo treinador, o brasileiro Paulo Turra, que ainda não viu reconhecidas pela Federação Portuguesa de Futebol e Liga Portugal as habilitações necessárias para comandar uma equipa no principal escalão do futebol português. Por esse motivo, Costeado vai surgir no lugar do treinador principal, pelo menos, na ficha de jogo, situação que se manterá enquanto o estatuto de Paulo Turra não se alterar.
Numa breve troca de impresssões com
Record, o novo adjunto de Paulo Turra explica que, após abandonar o Desportivo das Aves, ficou a aguardar que o chefe de equipa Augusto Inácio arranjasse um novo clube, o que, explica, nunca aconteceu. De facto aconteceu, em 2020, quando o treinador português aceitou o convite para treinar o Avaí. Uma passagem rápida pelo Brasileirão (7 jogos/2 vitórias) na qual João Costeado não foi tido nem achado. Motivo: Augusto Inácio só podia propor dois colaboradores aos responsáveis do Avaí. Optou por levar consigo João Alves (preparador físico) e José Ribeiro (analista) - os outros dois técnicos que com ele tinham trabalhado em Vila das Aves. O então presidente do clube e administrador da SAD do Aves, Armando Silva fala, de "uma boa sintonia entre eles, os quatro elementos da equipa técnica". Uma sintonia que não fez João Costeado atravessar o Atlântico.
A impressão de Armando Silva - que ainda assistiu como adepto a diversos jogos de Costeado pelo V. Guimarães - relativamente ao novo elemento da equipa técnica vimaranense não podia ser mais positiva. "Sempre foi cumpridor com o clube. É uma pessoa honesta, uma pessoa séria", argumenta o antigo dirigente do CD Aves, que não voltou a entrar num estádio depois de abandonar o clube, em 2020.
A terminar, refira-se que João Costeado foi jogador do Vitória durante dez épocas e treinador de guarda-redes durante seis.