A Polícia Judiciária explicou em conferência de imprensa os pormenores da
detenção de Rui Pinto, alegado hacker que terá acedido a informações internas do
Benfica. A PJ confirmou que o português foi detido na Hungria sem oferecer resistência e que a sua transferência para Portugal poderá demorar entre três semanas e um mês.
Detenção
"Salienta-se da ação a cooperação mantida com autoridades da congénere europeia, levando ao cumprimento de um mandado de detenção europeu, dentro de uma decisão europeia de investigação.
A detenção ocorreu hoje, foi acompanhada por investigadores da PJ no local. E agora seguir-se-ão os trâmites normais da transferência de detidos. Não houve resistência da parte do suspeito."
Tem dupla nacionalidade?
"É uma informação que não posso confirmar. Trata-se de um cidadão português."
Onde foi detido?
A detenção foi na Hungria, em Budapeste. Os pormenores da operação em si não são relevantes.
Quanto tempo poderá demorar a extradição?
"Estamos a falar de trâmites normais e prazos que têm de decorrer relativamente às autoridades magiares neste caso. Calculamos que possa ser entre três semanas e um mês, é esse o prazo normal."
Identidade?
"É um suspeito que a PJ procurava há algum tempo e que já foi muito informado na comunicação social."
Atuou sozinho ou há uma rede?
"A detenção que agora é efetuada é a título individual. A extensão da atividade criminosa vamos continuar a apurar."
Ligação à publicação dos emails do Benfica?
"É um alvo que a PJ já tinha detetado e que está implicado na filtração de determinado tipo de dados. É prematuro estar a ligá-lo a qualquer alvo em concreto."
Penas possíveis
"São crimes que podem ir até aos 10 anos."
Há antecedência criminal?
"O que temos apurado é que há uma constância na pratica de crimes, que tem vindo a revelar-se perniciosa para algumas instituições e até para outras do próprio Estado."
Material apreeendido?
"Há um conjunto vasto de apreensão efetuada. A cooperação é total".