"O FC Porto está um pouco mais em ascensão. A priori, é a equipa mais bem colocada para vencer, mas ainda faltam muitos pontos. Se ganhar, vai dar um salto muito grande, mas não poderá depois menosprezar adversários mais fracos", vincou à agência Lusa o ex-avançado brasileiro, que representou dragões (1995-1997) e leões (1998-2000).
O FC Porto, líder isolado da Liga Bwin, com 59 pontos, recebe o Sporting, segundo, com 53, na sexta-feira, às 20h15, no Estádio do Dragão, no Porto, na partida de abertura da 22.ª jornada, que pode ter um peso relevante nas contas do primeiro lugar, já que ficarão a faltar 12 rondas.
"Às vezes, até parece que uma equipa está melhor do que outra, mas, como se trata de um clássico, elas acabam por tirar forças do fundo e vencer. Tenho várias experiências em relação a isso, pelo que é difícil falar sobre qual delas vai vencer. Como o FC Porto joga em casa, tem favoritismo caseiro, mas sabemos que o Sporting também tem um treinador muito bom. Clássico é clássico e é difícil prever um resultado", considerou.
Os azuis e brancos tentam alcançar o 50.º jogo sem perder e a 17.ª vitória seguida na Liga Bwin, numa série iniciada à sexta ronda, na goleada caseira ao Moreirense (5-0), que já igualou o recorde do clube na prova, estabelecido com André Villas-Boas, em 2010/11.
"Nem vou falar em jogadores. São detalhes. FC Porto e Sporting têm grandes equipas e jogadores e neste jogo importam as batalhas de homem para homem. Não adianta falar em A, B ou C. Ganhará o jogo quem errar menos", resumiu Edmílson, vencedor de dois campeonatos pelos dragões (1995/96 e 1996/97) e um ao serviço dos leões (1999/00).
Na primeira volta, registou-se um empate a um golo na quinta jornada, em Alvalade, onde o colombiano Luis Díaz, que saiu em janeiro para reforçar os ingleses do Liverpool, anulou o golo inaugural de Nuno Santos.
"Tive oportunidade de dar entrevistas em Portugal e sempre disse que o FC Porto não ia segurá-lo. Dificilmente pode manter um jogador com aquela classe e qualidade, mas de certeza que surgirão novos jogadores na formação e o treinador exibirá uma equipa à altura", avaliou o ex-dianteiro, que dividiu balneário com Sérgio Conceição em 1996/97.
As saídas definitivas de Luis Díaz, com 16 golos e cinco assistências em 28 jogos, e do mexicano Jesús Corona (Sevilha), bem como o empréstimo de Sérgio Oliveira (Roma), motivaram críticas ao planeamento da SAD do técnico, que admitiu reformular objetivos, numa fase em que lidera isolado a Liga Bwin, está nas meias-finais da Taça de Portugal e nos 16 avos da Liga Europa.
"Entendo o lado do Sérgio Conceição, mas acredito que o FC Porto tem bons atletas. Os jogadores vão e vêm. Aliás, os clubes só sobrevivem comprando e vendendo jogadores. Sei que as competições são importantes, mas o FC Porto tem grande plantel, vai saber gerir isso da melhor forma e tenho a certeza de que as coisas vão correr bem", afiançou.
O brasileiro Pepê, contratado no início da época, foi titular no flanco esquerdo do ataque nos triunfos sobre Marítimo (2-1) e Arouca (2-0) e "poderá ser um substituto à altura" de Luis Díaz, mas Edmílson reconhece a necessidade de ambientação do seu compatriota.
"O futebol português e europeu é muito diferente do brasileiro. Às vezes, eles acham que é mais fácil, mas é bastante duro. O Pepê tem de ter o seu período de adaptação. Eu adaptei-me muito rápido, mas ele está a demorar um pouco", advertiu o ex-avançado de Salgueiros e Portimonense, que chegou a solo luso em 1993/94 para jogar no Nacional.
O brasileiro Galeno, readquirido ao Sporting de Braga, também pode completar o ataque, ao passo que a defesa tem Wendell de regresso após castigo, Manafá lesionado e Diogo Costa em dúvida, após ter abandonado o jogo em Arouca de maca e com colar cervical.
"O presidente Pinto da Costa nunca ficava com o mesmo treinador dois anos, três, no máximo. Agora, fica cinco anos com o Sérgio Conceição porque ele é carismático, batalhador e guerreiro. É um treinador à imagem do FC Porto. Está a provar isso, tanto que teve a chance de ir para outras equipas e não saiu porque ele é FC Porto", contou.
Com uma Supertaça conquistada por FC Porto (1996) e Sporting (2000), Edmílson, de 50 anos, elogia ainda Rúben Amorim, um "excelente técnico, que dispensa comentários e já provou valor", ao devolver os leões ao título 19 anos depois e carimbar uma segunda presença nos 'oitavos' da Liga dos Campeões, diante dos ingleses do Manchester City.
"A vida tem de ser vivida um dia de cada vez e tenho a certeza de que os atletas sabem isso. Não vão pensar no Manchester City e esquecer o FC Porto", finalizou, em alusão à primeira mão diante do campeão inglês, em Alvalade, quatro dias depois do clássico.
José Luís Carneiro vincou pacote de medidas do Governo para reprimir "comportamentos inaceitáveis"
Equipa de Moreno soma segunda vitória consecutiva na Liga Bwin e iguala Casa Pia no 5.º lugar
Treinador do Vizela antecipou encontro no Dragão
Boa exibição das águias em jogo muito completo em termos coletivos mas também individuais
Treinador português em entrevista ao 'Transfermarkt'
Português apareceu a decidir aos 90'+2 num jogo morno em que Talisca viu o vermelho a acabar frente ao Al-Fateh (2-2)
Médio do Chelsea tem percurso marcado pelos sucessos no Real Madrid
Adeptos do emblema de Sá Pinto não perdoam Siavash Yazdani