O arquivamento do processo disciplinar aberto a Pinto da Costa, Sérgio Conceição, Vítor Baía e ao próprio FC Porto por parte do Conselho de Disciplina, isto na sequência de queixas do Benfica e do Conselho de Arbitragem, é saudado pelos dragões. Francisco J. Marques disse esta terça-feira, no Porto Canal, que o bom-senso imperou.
"Parecia que o futebol português vivia ainda no tempo da outra senhora, do fascismo, em que não se podia dizer nada. Apontar um erro a um árbitro não é diminuí-lo, é a crítica normal de quem tem uma atividade pública. Com urbanidade, respeitando a integridade moral das pessoas... Temos vindo a assistir a castigos por denúncias feitas pelo Benfica, pelo Conselho de Arbitragem, pela APAF que não têm sustentabilidade nenhuma. O direito à crítica tem de existir. O Benfica estava preocupado, porque viu o chão fugir-lhe depois das derrotas frente ao FC Porto e ao Chaves, e esbracejou em todos os sentidos; e o Conselho de Arbitragem queixa-se sempre", comentou.
O entendimento do Conselho de Disciplina mereceu aprovação e, na opinião do diretor portista, o órgão tem agora oportunidade de "fazer uma espécie de jurisprudência". "Felizmente percebeu-se que não houve insultos a ninguém, nem levantamento de suspeições. Houve o desejo de que os árbitros decidissem o melhor possível e não interferissem na decisão do título. Esperamos que se faça uma espécie de jurisprudência e que haja liberdade no futebol português. As pessoas do FC Porto não faltaram ao respeito a ninguém, todos eles fizeram um apelo. Não pode ser motivo para castigos", concluiu.
Por Rui Sousa
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