Sérgio Conceição: «Temos tudo a perder e nada a ganhar»

Ambição de chegar à final é tão grande quanto o respeito pelo Ac. Viseu, num jogo preparado como se fosse a contar para a Champions

• Foto: José Gageiro / Movephoto

Começa esta noite o ataque final por parte do FC Porto ao troféu que ainda falta no Museu. "Um título importante", admite Sérgio Conceição, que, ainda assim, prefere pensar num passo de cada vez. Até porque antes da desejada final há um Ac. Viseu "interessante" e que merece todo o "cuidado e respeito", num jogo que se pode tornar perigoso para os campeões nacionais se não for levado como se de uma final da Champions se tratasse. É esse o foco que o treinador quer ver na sua equipa, confiando que a resposta vai estar à altura dos pergaminhos do clube.

"Vamos defrontar uma equipa há muito tempo sem conhecer a derrota, o que é sinónimo de qualidade naquilo que são as individualidades e dinâmica coletiva. Está a passar por um momento bom e, em jogos a eliminar, temos de ter esse cuidado e respeito. É dessa forma que vamos assumindo a responsabilidade de ser o FC Porto. Temos tudo a perder e nada a ganhar. É um bocadinho por aí", considerou Sérgio Conceição, acrescentando que a preparação para esta meia-final da Allianz Cup não teve condimentos distintos de qualquer outra: "Todos os momentos em que preparamos jogos são iguais. Há um adversário e fazemos tudo para tentar ganhar, independentemente das competições ou das equipas que defrontamos. Há sempre uma ambição grande, seriedade também. Este jogo com o Ac. Viseu foi preparado como se fosse da Liga dos Campeões. Isso demonstra bem o respeito que temos pelo nosso adversário."

Desde que assumiu os destinos do FC Porto, em 2017, Sérgio Conceição nunca perdeu qualquer jogo oficial contra uma equipa da 2ª Liga, divisão onde milita este Ac. Viseu. Um registo que não impede o treinador de estar em alerta máximo. "É uma equipa muito bem trabalhada e que tem uma dinâmica interessante com bola. E penso não estar errado: fez golos em todos os jogos com o Jorge a orientar a equipa. Tem feito um trajeto fantástico, apanhou duas equipas da 1ª Liga na fase de grupos e nos quartos-de-final eliminou o Boavista. É uma equipa que pode disputar a 1ª Liga e andar do meio para cima, pela qualidade que tem neste momento", analisou o técnico portista, recusando a ideia de que vencer a prova pode servir de gasolina para recuperar distâncias no campeonato: "A Taça da Liga tem evoluído de ano para ano. Lembro-me do início, onde às vezes se metiam jogadores da equipa B ou juniores a jogar. Hoje isso não acontece, toda a gente quer ganhar. Se ganharmos não dá gasolina nenhuma, é mais um título que podemos conquistar para o FC Porto, a nossa gasolina é diária."

Por fim, o técnico optou por não comentar as possíveis mudanças no formato da prova em 2024/25. "Hoje, as equipas jogam esta prova como se de um título nacional se tratasse. Diz bem daquilo que é", resumiu.

Caso Jorge Costa fica em 2.º plano

Conceição admitiu recentemente um desentendimento com Jorge Costa, mas nunca o chegou a esclarecer. E ainda não foi na antevisão a este duelo que o fez. "Vai ser um jogo entre o FC Porto e o Ac. Viseu, só isso", disse o treinador dos dragões ao ser questionado se a desavença já estava resolvida. Portanto, terá de se esperar pelo início ou pelo fim do jogo para se perceber como vão os dois agir, apesar de Jorge Costa ter admitido - ver mais na página 18 - que vai haver cumprimento.

Por José Miguel Machado
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