O treinador do Sporting, Rúben Amorim, analisou a eliminatória da Liga Europa diante do Arsenal, nos oitavos de final, da prova, que terminou com uma qualificação épica, nos penáltis (3-5), após o 1-1 registar-se ao cabo de 120 minutos.
"Acima de tudo, a vitória e os resultados ditam tudo mas relevo a forma como jogaram, como enfrentaram o jogo e como sofreram o primeiro golo, que não merecíamos. Depois, a forma personalizada como em todo o jogo aguentámos. Tivemos dificuldade no fim. O prolongamento foi difícil para nós. O Arsenal respeitou-nos sempre muito. Foi um jogo um pouco dividido em que fomos felizes nos penáltis mas fizemos por merecer", começou por dizer à SIC.
Onde estava este Sporting?
"As coisas levam tempo. Há muitos jogadores novos e nós precisamos de tempo para construir. Depois, penso que poderíamos ter feito algo melhor com alguns jogadores porque já temos uma pequena base. Tudo vem da mentalidade, da concentração. Nós fomos aumentando durante a época. Faz parte do processo e estamos a melhorar com o tempo. O que temos de fazer é não nos distrairmos com estes resultados e continuarmos. Ainda temos muito para fazer."
Primeira substituição perto dos 90 minutos
"O jogo estava a correr tão e estamos todos tão bem, os jogadores aparentam estar bem, e alguma mexida não tem nada a ver com talento. Os jogadores do banco poderiam estar como titulares. Mexendo em alguma peça poderia alterar. Na segunda parte, nós fomos mais fortes e eu não queria parar esse momento da equipa."
Arsenal terminou com as principais figuras
Não há um único jogador que não tenha atuado nesta eliminatória, até o guarda-redes que é titular mas não costuma jogar na Liga Europa. Foi utilizado. Isso não interessa. Por qualquer jogador que o Arsenal tivesse, seria sempre muito forte. Quanto a mim, fomos justos vencedores. Em nossa casa, o Arsenal teve mais o controlo do jogo, mas soubemos lidar com os dois jogos da eliminatória e acabámos por merecer.
Injeção anímica importante para o que falta da temporada?
"Sim, obviamente. Como eu disse antes do jogo, não mudava nada em relação ao nosso projeto e ao caminho que temos de seguir, mas faz com que os jogadores acreditem naquilo que estamos a fazer. Ajuda-nos numa época muito difícil. Agora é recuperar os jogadores. Temos de trabalhar bem nesta paragem porque o jogo do Gil Vicente foi adiado. Os jogadores que vão para as seleções têm de se preparar bem e esquecer. Comemorar amanhã esta vitória porque ela não serve de nada se não usarmos isto em nosso proveito para relançarmos a época."
Adán, Pedro Gonçalves e Diomande
Todos superaram [os testes de fogo]. Mesmo o Dário [Essugo] que tem vindo de lesão, na primeira jogada faz um mau passe e a bola fica no jogador do Arsenal, isolado. Logo a seguir, recuperou muito bem. Isso são sinais de que os jovens estão a crescer. O Adán foi o normal que era, fez bons jogos. Ele próprio sabe. Foi o primeiro a sabê-lo. Hoje não posso destacar ninguém: foi a equipa e a forma como jogaram, a liberdade que tiveram a atacar e a qualidade que tiveram a defender fez deles uns justos vencedores.
Objetivo do Sporting na Liga Europa?
Ganhar a próxima eliminatória, como era antes desta.
Superar o Arsenal, torna ao Sporting mais difícil a tarefa de mantê-lo como treinador na próxima temporada?
Não. Não muda nada. São nestes momentos que eu falo, falei antes do jogo. O resultado não muda nada. Para as pessoas pode mudar, a minha ideia continua a ser a mesma. O que disse antes do jogo mantenho.