A Sporting SAD fechou o primeiro semestre desta época com um lucro recorde de 47,5 milhões de euros. De acordo com a informação publicada esta noite na CMVM, trata-se do melhor resultado semestral de sempre para a sociedade que gere o futebol verde e branco.
A primeira metade do exercício registou um segundo máximo histórico, no caso em termos de volume de negócios, que foi o maior de sempre em termos homólogos, ou seja, para o mesmo período de tempo (1 de julho a 31 de dezembro).
A terceira nota de destaque no relatório dos leões tem a ver com os capitais próprios que, simplificadamente, traduzem a diferença entre tudo o que a SAD tem e tudo aquilo que deve. Ora, pela primeira vez em 5 anos, ou seja, desde 2016/17, a Sporting SAD apresenta capitais próprios positivos, a saber de 31,2 milhões de euros, que é o valor mais elevado da história da sociedade, como pode ler-se no documento.
Para este facto contribuiu, também, uma significativa redução do passivo, que baixou 24,1 milhões de euros, retomando a trajetória de recuperação "que tinha sido interrompida pela Covid-19".
O primeiro semestre do exercício 2022/23, recorde-se, ficou marcado pela conversão dos VMOC (Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis) em acções da Sporting SAD, o que resultou num aumento de capital 67 milhões de euros para 150,5 milhões de euros, com a maioria controlada pelo clube.
Na informação enviada à CMVM, o Sporting destaca ainda um resultado operacional sem transação de jogadores de 9,4 milhões de euros, "o 2.º melhor resultado de sempre, em termos homólogos, apenas superado pela anterior época de 2021/2022".
O rendimento com vendas de passes de jogadores ascendeu a 73,9 milhões de euros, sendo a maior fatia atribuível às transferências de Matheus Nunes e Palhinha (Porro entrará apenas no segundo semestre da época, pois o negócio foi consumado apenas em janeiro).
A SAD leonina estima em 92,8 milhões de euros o valor do plantel masculino, salientando "um dos maiores investimentos de sempre, consequência das compras efetuadas no final da época de 2021/2022 e do mercado de transferências de 2022/2023".
Nota ainda para o merchandising que registou um "volume de negócios de 5,3 milhões de euros, em linha com os exercícios anteriores".