Percussionista nas horas vagas, Raphinha também dá corpo ao samba de que tanto gosta dentro das quatro linhas. O extremo convenceu Pedro Martins a ficar com ele durante a pré-temporada, mas as chegadas tardias de Marega e de Hernâni faziam prever vida mais difícil para o brasileiro. Puro engano. Raphinha recuperou a titularidade, por troca com o português emprestado pelo FC Porto, e respondeu logo com um golo. Diante do Rio Ave, o corredor esquerdo do ataque será novamente seu...

"Ele tem um enorme talento e potencial. Aqui no Avaí todos viram as suas capacidades. É um avançado rápido, que se sabe posicionar, decide e finaliza muito bem. As oportunidades que lhe faltaram aqui está a tê-las no Vitória. Faltava-lhe experiência para provar que merece patamares maiores. Vejo-o a chegar a um grande de Portugal e depois logo se verá se continua a crescer", comentou o antigo treinador do Avaí, Raul Cabral.

Apesar de os clubes brasileiros serem bons viveiros, não é todos os dias que se lançam craques para a 1ª Liga portuguesa. Raul Cabral tenta não perder Raphinha de vista: "Ele está a merecer as oportunidades e a demonstrar o que vale. Experiência já está a ganhar e faltará melhorar o jogo de cabeça e o remate de pé direito."

O extremo foi utilizado nas nove partidas disputadas, em cinco delas como titular e já marcou dois golos. Fora as fintas, os dribles e as arrancadas que deixaram opositores pregados ao relvado.

Deco negociou-o com o FC Porto

Deco descobriu Raphinha nos sub-20 do Avaí e não hesitou em comprar metade do seu passe. O passo seguinte foi tentar colocá-lo na Europa e o FC Porto foi a prioridade. As negociações para um empréstimo chegaram a ter lugar, mas falhou o acordo. Deco virou-se para o Vitória, onde tem mais jogadores, e a SAD desembolsou 600 mil euros por 45% do passe. Na equipa B fez 16 jogos e 5 golos. O resto da história já todos sabem...