O futebol bem podia ser jogado com uma batata em vez de ser disputado com uma bola, pois muitas vezes não tem lógica. Ontem, na estreia do novo tapete vila-condense (passou no teste), o Penafiel começou por ser esmagado pelo rolo compressor rio-avista, mas depois de se ver a perder por duas bolas de diferença, à passagem da meia hora, acreditou que era possível voltar ao jogo e o golo que marcou em cima do intervalo foi o primeiro sinal.
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Voltando a questões de puro raciocínio, atente-se no pormenor: o Penafiel foi para o descanso com mais dois remates efetuados do que os seu adversário mas a perder por 2-1, quando até podia ter chegado aí a perder por 3-0 ou 4-0... Na 1.ª parte, o Rio Ave foi claramente mais forte, sobretudo porque Del Valle, nos primeiros minutos, esteve verdadeiramente a turbinar. O Penafiel entrou com a palavra “medo” estampada nas costas, desagregou-se e deu para perceber que nunca é grande solução remendar o eixo defensivo, para onde recuou Ferreira porque, na verdade, não havia mais ninguém para chamar para a companhia de Pedro Ribeiro. Mas até seria o próprio Ferreira a redimir-se da falha defensiva de que resultou o 2.º golo do Rio Ave, ao ser ele a reduzir a conta, após um remate do outro central penafidelense. O futebol tem destas surpresas!
Não sabemos se Rui Quinta usou eletrochoques ao intervalo para despertar a sua equipa. O que é certo é que esta reentrou a acreditar que podia disputar o jogo e o resultado. Prince também ajudou ao atropelar o pequeno Aldair, que, com sorte, saiu ileso do acidente. Guedes empatou e o jogo ficou relançado, num momento em que Pedro Martins já tinha tido a sua epifania, quando se lembrou de trocar de ponta-de-lança. Esmael deixou de andar por lá a partir pedra e Hassan viria a ser o homem do jogo, quando aproveitou uma má saída em bloco da defesa penafidelense e atirou para as redes. O Penafiel continuou a incomodar e Guedes, primeiro, e M’Bala, pouco depois, chegaram a assustar. E sobre o minuto 81, Vítor Bruno, que tinha saltado do banco, teve nos pés uma bola de golo mas rematou para o pinhal.
Sem necessidade, por aquilo que produziu na 1.ª parte, o Rio Ave acabou com algum sofrimento, perante um Penafiel que tentou despejar algumas bolas para perto da baliza de Cássio. Mas a expulsão de Tony, quase no fim do jogo, e a respetiva paragem para assistir o defesa penafidelense e o jogador que atingiu (Hassan), perturbou o forcing. A vitória não assenta mal ao Rio Ave, mas o Penafiel sentiu o cheiro do pontinho e se calhar até o merecia.
O homem do jogo: Wakaso
O ganês de 22 anos foi o pronto-socorro da sua equipa na fase em que esta mais tremeu. Para além do mais, é uma verdadeira força da natureza!
Árbitro
Cosme Machado (nota 4)
O “Collina de Famalicão” fez um trabalho irrepreensível. Muito bem auxiliado no lance do 3.º golo rio-avista (deu a ideia de fora-de-jogo) e bem também no penálti assinalado.
Momento
Foram apenas três minutos de angústia rio-avista após o empate a duas bolas, até Hassan aparecer a disparar já no interior da área, para fazer o 3-2 que acabou por fechar as contas.
Número
16 golos marcados pelo Rio Ave em oito rondas do campeonato. O que torna o ataque rio-avista no 3.º melhor da prova, a seguir a Benfica (20) e Sporting (17). É mais um bom indicador.
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