Rúben Amorim, técnico do Sp. Braga, fez ao final da manhã deste sábado a antevisão ao duelo entre os arsenalistas e o Tondela, que se realiza no domingo no Estádio Municipal de Braga (20h00), num duelo a contar para a 16.ª jornada da Liga NOS.
Ideia de jogo resiste à novidade e à euforia?
Sim, é como outro sistema qualquer. Vai ser diferente porque as equipas vão começando a conhecer este sistema - não é que não se mude alguma coisa entretanto - mas vamos trabalhar nele. Mas sabemos que os adversários vão-nos conhecendo melhor e hoje se jogássemos com o Belenenses teríamos outros problemas. Foi um dia perfeito e os jogadores têm noção disso.
Semana diferente?
A semana de trabalho foi a mesma. Esta equipa já teve vitórias mais marcantes para o clube, nomeadamente na Liga Europa. Foram três pontos apenas, sabemos que foi um dia perfeito e foi uma semana normal dentro daquilo que queremos construir. Foi um triunfo normal.
O que é a equipa não fez tão bem?
Certos movimentos que não fizemos tão bem e que o resultado em si ajudou. Podemos melhorar a finalização, a intensidade, porque nem sempre vamos conseguir recuperar a bola como no último jogo, e acima de tudo entender os momentos de jogo, com e sem bola. Temos de entender os aspetos do jogo, principalmente o que o adversário está a fazer.
Tondela
Excelente equipa, principalmente a jogar fora. É a terceira melhor a jogar fora, em oito jogos ganhou quatro e empatou dois. Muito forte nas transições, tenta construir com ideia, jogadores fortes no espaço, como Murillo, e bons jogadores no meio. Não devemos focar-nos muito no adversário, mas sim na nossa ideia. Vai criar-nos dificuldades no plano tático como criámos ao Belenenses.
Exclusão de André Horta da convocatória passada
Temos um plantem muito competitivo e ter um jogador com o André, Novais, Pablo, Wallace fora do onze ou da convocatória e revela a qualidade do nosso plantel. Posso dizer que o André está dentro da convocatória. É de realçar a qualidade do plantel e gostei do comportamento dos que ficaram de fora. Todos sabem que podem passar de não convocados a titulares.
Excesso de extremos no plantel?
O Galeno tem umas características, o Xadas outras e vamos tentar jogar com isso. Penso que é importante gerir o grupo e o problema seria não ter nenhum. É difícil escolher, mas depende mais deles do que de mim. É uma felicidade para o Braga e para mim. No futebol temos de fazer escolhas e as que faço partem da minha cabeça.
Equilibrava o quê no plantel?
Cada treinador tem a sua ideia. Em janeiro vão haver saídas e não entrará ninguém, a não ser que haja uma oportunidade de negócio, e há uma equipa B. Podemos equilibrar é o número para criar competitividade. Queremos aumentar a qualidade do treino e depois do jogo. É importante que os jogadores se sintam felizes. É difícil para um jogador manter a motivação quando nunca entra nas contas e prefiro ir buscar jogadores à equipa B do que deixar jogadores infelizes.
Não teme que haja jogadores insatisfeitos por não jogarem?
Se calhar era o pior de todos [quando era jogador]. Tenho de ter as minhas decisões e a maior prova disso é que o Eduardo, que jogou comigo na Seleção e no Benfica, foi para a bancada. Fico triste porque há gente a trabalhar bem, mas a minha ideia não é recompensar quem não está satisfeito com as minhas escolhas.