A preocupação em reforçar o eixo defensivo no mercado de inverno pode ter uma leitura meramente desportiva, dada a escassez de recursos para a posição e o facto de Felipe ter sido expulso na última jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, mas também de mera logística na gestão do grupo, dado que tanto Reyes como Marcano se encontram em final de contrato e podem sair no termo da temporada sem que a SAD recolha qualquer benefício.

A situação do espanhol é a mais preocupante, porquanto se trata de um dos capitães de equipa. O seu processo de renovação não tem conhecido avanços e, pelo contrário, não há semana em que não surjam novos indicadores do interesse do Valencia, interessado em blindar a defesa para o seu sonho de lutar pelo título espanhol. Pinto da Costa já expressou publicamente a intenção de permitir que Marcano termine o seu vínculo aos dragões em campo, mesmo que assuma que pretende sair. Todavia, uma eventual proposta pode ter que levar a SAD a fazer uma ponderação, sobretudo se tiver alternativas de qualidade e de custo comportável.

O caso de Reyes é semelhante. Está a começar a ser mais utilizado, mas custou sete milhões e a situação financeira do FC Porto dificilmente pode abdicar de um encaixe em janeiro pelo seu passe.