Há largas semanas que José Peseiro não se consegue livrar do problema da escassez de soluções para o eixo defensivo. O técnico dos guerreiros do Minho viu-se mesmo obrigado a chamar um elemento da equipa B, Artur Jorge. O jovem defesa feito na casa disputou nos Barreiros o seu sexto jogo esta época pela equipa principal.

No Funchal, Peseiro só contou mesmo com dois centrais (os que jogaram!), sendo que um deles, Rosic, está a jogar em esforço. Ou seja, a situação é crítica em duas posições que por norma ditam o equilíbrio de uma equipa.

A boa notícia diz respeito a Ricardo Ferreira. O central de 23 anos, que na época passada cumpriu 41 jogos e marcou dois golos, lesionou-se na pré-época e só na semana passada voltou a fazer trabalho de campo. Ou seja, Ricardo Ferreira tem pela frente pelo menos três semanas para conseguir atingir a condição física ideal para ser opção. No entanto, José Peseiro poderá dar-lhe alguns minutos no jogo de amanhã, em Vigo, mas o técnico estará consciente de que Ricardo Ferreira precisa de tempo para atingir a operacionalidade.

A paragem competitiva é bem-vinda mas não deverá dar para recuperar Velázquez. André Pinto, por seu lado, não irá ser opção tão cedo. Ou seja, o treinador está obrigado a gerir com pinças a situação do seu eixo defensivo, o que, naturalmente, afeta toda a organização da equipa, abrindo o ângulo da margem de erro. Após a pausa segue-se a receção ao Santa Clara para a Taça de Portugal e depois os guerreiros do Minho irão à Bélgica para discutir com o Gent a passagem aos 16 ‘avos’ da Liga Europa. José Peseiro corre o risco de chegar a estes momentos com as mesmas opções de hoje. O que não deixa de ser uma dor de cabeça para quem depois de receber o Feirense vai ao Dragão.