Na antevisão ao jogo com o Nacional, marcado para esta sexta-feira, na Choupana, Jorge Jesus mostra-se tranquilo perante os maus resultados recentes e não dramatiza o facto de o Sporting ter perdido 7 pontos em 8 jornadas, o que deixou os leões com menor margem de erro na Liga.
"Sabemos as razões para termos perdido esses pontos. Trabalhamos para melhorar essa realidade. Não há desculpas. O único objetivo é melhorar aquilo que vimos que fazendo menos bem. Temos de melhorar para o futuro. Estamos na oitava jornada. Está tudo em aberto para as equipas em termos de objetivos e para o Sporting também", disse o treinador, no Auditório Artur Agostinho, em Alvalade.
A expressão "nã há desculpas" voltou ao discurso de Jesus em mais momentos da conferência de imprensa, desde logo quando o técnico foi questionado sobre se este será o momento mais complicado para si a nível de resultados desde que está no Sporting.
"Está a colocar todas as competições, Champions incluída, mas nós estamos a falar do campeonato. Nas oito jornadas perdemos alguns pontos. Temos várias razões que identificamos como erros e temos de melhorar. Não é difícil. É uma questão de tempo. Não vou explicar aqui, mas sim aos meus jogadores. A minha preocupação é não ter ganho o último jogo. Desde que chegamos que os nossos adeptos estão habituados às vitórias. Neste último jogo, não há desculpas. Nos últimos meses acumulámos vitórias e grandes exibições. Queremos continuar a habituá-los a isso. O meu trabalho é esse, para melhorar", destacou JJ.
O amadorense, de 62 anos, não atribui o período menos positivo a questões de concentração ou atitude. E acrescenta que parte do problema tem a ver com o facto de ainda ter pouco tempo de trabalho com os reforços. Não que isso sirva de desculpa, porém.
"Não tem nada a ver com concentração e atitude. Tem a ver com tempo. As razões estão identificadas. Não há desculpas para nada. Se colocarem o vosso chip a trabalhar é fácil. Aquilo que eu tenho de fazer é dar trabalho aos jogadores que chegaram em Setembro, dar-lhes mais qualidade de treino. Não há desculpas. Tenho é de arranjar tempo e trabalho para estarem ao nível daquilo que sabem fazer. Não tem havido tempo. Há jogadores que nem um mês têm comigo e algum desse tempo estiverem nas seleções", recorda.
O 'cinismo' não é necessariamente a resposta para voltar ao bom caminho.
"Temos de fazer o que fizemos no ano passado, trabalhar em cima daquilo que já projetei, entender as razões porque na época passada estávamos na frente e agora não. É um processo de trabalho."