R - Já conhecia Júlio Vieira de Castro enquanto associado?
JM – Conheci o candidato da lista concorrente numa intervenção, salvo erro em junho de 2012. Já o conhecia enquanto adepto, mas foi aí que fiquei a conhecê-lo melhor.
R - Surpreendeu-o o facto de ser ele o rosto da oposição?
JM – Sim, desde logo porque nessa assembleia o candidato apelou para que as contas fossem chumbadas, o que significaria que o Vitória não conseguiria inscrever a sua equipa profissional. O clube deixaria de existir e já nem teríamos eleições. Por outro lado, o grupo que acompanha o candidato já estava formado e ele é o que tem menos ligação aos outros. Surge como uma 5ª, 6ª ou 7ª escolha depois de alguns convites que foram declinados pelos testemunhos que me chegaram.
R - Como é que Alfredo Magalhães, sócio que é tido como muito influente na massa associativa, deixa de ser seu alegado mentor para ser o mentor de Vieira de Castro?
JM – O sócio Alfredo Magalhães nunca foi o meu mentor. Nunca tive mentor nestas matérias do futebol. Tive, a dada altura, um choque de realidade quando, ao fim de alguns anos, me foram dizendo que a narrativa que esse sócio usava era nesse sentido, isto junto das pessoas do grupo que o acompanhava, das conversas que ia tendo na praça pública e nos cafés. A dada altura, essa era a mensagem que passava, que era uma espécie de mentor para mim. Isso nunca correspondeu à verdade, de tal forma que a partir de determinada altura acabámos por nos afastarmos porque o sócio Alfredo Magalhães entendia que o Vitória devia seguir um rumo diferente. Quis-me fazer pressão nesse sentido, em relação a escolhas, estratégias, e eu tive de lhe dizer que ele estava errado e que se não estava confortável no papel que tinha de ser o diretor pedagógico da academia, tinha de se afastar. Ele afastou-se, seguiu a vida dele e de modo algum foi o meu mentor em algum momento. De facto acho que o candidato Júlio Vieira de Castro é, infelizmente, o instrumento de uma estratégia que tem por trás algumas pessoas.
R - A que pessoas se está a referir?
JM - Os principais protagonistas desse grupo são o sócio Alfredo Magalhães e o senhor Ziad, que estão concertados há muito tempo, desde o dia em que o senhor Ziad foi homenageado aqui pelo Vitória, num jogo com o Sporting, e me fez uma determinada proposta, que eu lhe expliquei que não tinha viabilidade. No dia seguinte foi jantar com o senhor Alfredo Magalhães. Alguém que passou de ser um defensor daquilo que era a minha gestão, isso é público, está escrito e basta ver o que ele escreveu durante vários anos, e passou a ser um adversário que começou a escrever o contrário do que foi primeiramente dito por ele. E começa aí uma estratégia maquiavélica e a preparação de uma candidatura que de início não tinha adesão devido ao nosso sucesso desportivo. Ficámos em 4º lugar e fomos a uma final da Taça e da Supertaça. Mas a narrativa continua e, veja-se bem, quando é que há o salto para aparecer finalmente a tal alternativa: quando os resultados desportivos são negativos. São estas pessoas que convenceram um grupo e conseguiram mobilizar e criar um sentido de frustração a uma determinada franja de vitorianos. O candidato é um instrumento de uma estratégia. Ele não é um líder de um grupo, foi o último a chegar. Está, isso sim, a ser liderado e quando se aperceber, contrariamente ao que ele pensa, a estratégia vai ultrapassá-lo.
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