Ainda que o apuramento para o Mundial’2026 ainda não esteja garantido, dificilmente Portugal ficará de fora. E tendo isso em conta, muito se fala do possível (e inédito) título, o único que falta à equipa das quinas. O selecionador nacional prefere manter o foco na qualificação, embora assuma que esse sonho é bem real.

“Fico um pouco desconfortável ao falar sobre isso porque temos dois jogos para nos qualificarmos e falarmos sobre o Mundial sem nem nos qualificamos… é uma conversa difícil como treinador, mas é verdade, há um sentimento no balneário de que todos nós estamos a trabalhar por um sonho. Eu acredito em números: 1966 foi a melhor prestação de Portugal num Mundial e Eusébio ganhou a Bola de Ouro naquele ano [n.d.r. ganhou em 1965]. Em 2016, Portugal conquistou o Europeu, 2026 soa-me muito bem para o Mundial… [risos]”, brincou, vincando que o povo português merece ver a Seleção campeã do Mundo: “Devo admitir, acredito que se fossem perguntar aos jogadores, eles não escondiam o facto de que o objetivo é ganhar. Oficialmente, temos de falar sobre apenas tentar vencer e isso é uma realidade, apenas uma seleção vai vencer e há muitas que talvez sejam tão boas quanto ela, mas não vão vencer. Mas penso que há um sentimento de que nada seria mais satisfatório do que conquistar o Mundial e o nosso maior objetivo é fazer algo que nunca foi feito: dar o Mundial que Portugal e o povo português merecem.”

De resto, o selecionador vê Portugal cada vez mais forte. “O grupo tem três jogadores para cada posição. Temos diferentes estilos: podemos atacar rápido, defender baixo e marcar muitos golos em jogo aberto. Estamos a tornar-nos mais fortes”, finalizou.