O momento do Benfica, a importância de Bruno Fernandes e Vitinha e... a Bola de Ouro: o que disse João Neves

João Neves durante uma conferência de imprensa da Seleção Nacional
• Foto: Luís Manuel Neves

João Neves foi o escolhido para falar aos jornalistas esta segunda-feira enquanto a Seleção Nacional prepara o jogo com a Irlanda, agendado para quinta-feira, pelas 19h45. O médio do PSG falou sobre o momento do Benfica, a importância de Bruno Fernandes e Vitinha e até foi questionado sobre uma eventual conquista... da Bola de Ouro.

"Sinto-me em forma, a 100%. Estou aqui para contribuir a 100% para o bem da Seleção, para dar o melhor de mim e ajudar a equipa no apuramento", começou por dizer.

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O seu nome tem sido muito falado por cá, sobretudo na altura das eleições. Isso teve impacto em si? "Na altura, pronunciei-me sobre a minha posição no clube. Hoje, vendo de fora, só quero o bem para o Benfica. Foi o clube que me acolheu desde pequenino, que me ensinou o que é o futebol e que me deu os valores para estar onde estou. Para mim, desde que o novo presidente, e sei que é o Rui Costa, traga o clube outra vez ao seu melhor e ao topo, ficarei muito feliz".

Tem 18 jogos na Seleção e ainda não marcou. Mas no PSG, são 5 golos. Está na sua hora aqui? "É o que digo sempre: na minha opinião, nunca meto o meu golo ou assistência à frente, penso no coletivo. Se ganharmos e nos apurarmos, fico sempre contente. Se é com golo meu ou não, é indiferente. Espero marcar o meu primeiro golo na Seleção, mas logo veremos".

Como estão a encarar este jogo, tendo em conta que o apuramento está à porta? "Procuramos sempre a vitória. Se pudermos fazê-lo já contra a Irlanda, melhor. Se não for o caso, porque sabemos que vamos defrontar equipas com qualidade e que nos metem à prova... Procuramos sempre a vitória e, se conseguirmos já o apuramento, seria muito bom".

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Tem acompanhado o momento do Benfica? Ficou contente com a chegada de Mourinho? Passa-lhe pela cabeça ganhar a Bola de Ouro? "Será sempre bem-vinda se for entregue... Não é um objetivo claro na minha carreira e na minha maneira de ver o futebol. Penso nos troféus coletivos, seja na Seleção, seja no clube. A nível de Benfica, é óbvio que continuo a acompanhar, não só a equipa principal como as jovens. Fico contente que haja muita qualidade. Na equipa principal, fora os resultados negativos, temos um bom plantel, equilibrado e que pode fazer um grande campeonato".

Marcou o golo decisivo do PSG no último jogo e tem estado num bom momento. O que traz para estes dois jogos? Como foi acompanhar o último estágio de fora? "Muito difícil, gosto de contribuir. Estar de fora por lesão foi difícil, não poder contribuir como gosto. Esses dias de recuperação fizeram-me sentir o que é estar dentro de campo e a vontade que tenho de lá estar. Agora trago frescura, vontade, empenho e vou tentar dar a minha melhor versão de mim para ajudar".

Como encara estas mudanças frequentes entre clube e Seleção? "É sempre complicado para nós. Temos um largo espaço para a preparação para o Mundial, Europeus, e pouco tempo para estarmos juntos. Vejo isto com bons olhos para podermos preparar em termos coletivos as competições. É sempre bom voltar a Portugal, sair da frescura lá de Paris e vir para o bom tempo... De reunir-me com antigos colegas, pessoas que aprecio. Vejo com bons olhos estar na Seleção".

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Quais as principais diferenças em relação ao que lhe pedem Roberto Martínez e Luis Enrique? "São treinadores diferentes, maneiras de jogar diferentes. Mas gostam de ter a bola, atacar... Faço o que me é pedido, é para isso que estou aqui, para seguir as ordens do mister. E jogando no meio, a lateral, onde quer que seja, até saído do banco, vou estar sempre pronto para ajudar e fazer o meu melhor".

Há uns anos, Bruno Fernandes disse que era um miúdo especial. Qual o segredo para chegar e ter esta receção dos mais velhos? O que acha que tem evoluído mais no seu jogo? "Não sei responder a essa pergunta... Tento ser eu próprio, tanto a jogar futebol como pessoa cá fora. É verdade que sempre fui bem recebido por todos os colegas mais experientes, sempre me integrei bem, sempre me acolheram e deram a mão. Estou muito grato. O Bruno foi uma pessoa muito importante para mim. Fez-me integrar, fez-me perceber que não era preciso estar nervoso. Coisas que mudaram no meu futebol? Tenho melhorado a minha chegada à área, dá para ver com os golos. Mas sei que há sempre tudo a melhorar. Acho que um dos grandes aspetos que me faltava era a chegada a área, o golo, a assistência. Mas não é algo em que me foque muito. Desde que a equipa ganhe...".

Vitinha também disse que era um miúdo especial... Como retribui? Pretende jogar mais vezes ao lado dele na Seleção? "A seguir vou dar-lhes um abraço, não se preocupe. É continuar a ser eu mesmo e espero que continuem a ser os mesmos para mim. Jogar lado a lado? Cabe ao mister. A mim e ao Vitinha cabe dar o melhor pela Seleção. A decisão do mister é sempre em prol do grupo".

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O que tirou do último jogo com a Irlanda em Alvalade? Acha que em Dublin a Irlanda terá um postura diferente? "Acho que vai ser mais difícil, um jogo fora com os adeptos deles. Nunca desistimos e ganhámos nos últimos minutos, soube bem. Sabemos que são equipas que nos vão trazer algumas dificuldades, tanto a Irlanda como a Arménia. Mas cabe-nos trabalhar durante o pouco tempo que temos, tentar anular o adversário e ver os pontos negativos e aproveitar".

Por André Santos
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