Roberto Martínez: «Cristiano Ronaldo não joga na Seleção pelo que já fez, mas pela importância que ainda tem»

Roberto Martínez e Cristiano Ronaldo à conversa junto ao banco de suplentes de Portugal
• Foto: AP

Roberto Martínez foi distinguido na VII Gala Valores, organizada pelo jornal 'Sport', com o prémio 'Valores Trajetória', pelos resultados obtidos em 2025 com a Seleção Nacional, tendo como ponto alto a conquista da Liga das Nações, em junho. Após a cerimónia, o selecionador deu uma entrevista ao desportivo espanhol, na qual foi questionado se considera a atual geração lusa como a melhor de sempre. O técnico catalão considera que só os resultados poderão dar a resposta.

"Isso é muito subjetivo. Penso que a melhor geração de sempre é a de 1966, porque ficou em terceiro no Mundial e isso sim é objetivo. Os resultados dão os parâmetros de qual é a geração de ouro. Na atual seleção há exemplos incríveis, mas todos se lembram ainda de momentos do passado do futebol português com Rui Costa, Luís Figo ou João Vieira Pinto. São muitos jogadores e gerações excelentes e agora temos uma mistura muito bonita. Cristiano Ronaldo estreou-se no ano em que Carlos Forbs nasceu", aponta Martínez, acrescentando que Portugal é um modelo a seguir na formação de jogadores a nível mundial: "Um país de 10 milhões que é capaz de criar jogadores como estes..."

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Como é sempre inevitável, falou-se de... Cristiano Ronaldo. O selecionador de Portugal foi questionado sobre como é possível ainda conseguir tirar o melhor de um jogador com a história de CR7.

"Com ele estamos a ver um exemplo que se repete em grandes atletas com alto nível com longevidade: adaptam-se às necessidades. Vivemos a aparição do Cristiano em 2004 e sabemos tudo o que ele fez na carreira. Agora é um jogador muito diferente, que usa muito bem sua experiência, nos seus movimentos, na capacidade de finalização... A ponto de ter marcado 25 golos nos últimos 30 jogos pela Seleção. Não estamos a falar de alguém que joga por Portugal pelo que fez, mas sim de um jogador que é muito importante nos esquemas atuais da sua seleção. Essa capacidade de adaptação é essencial para a longevidade de qualquer jogador de futebol", explica o treinador, antes de ser confrontado com o favoritismo de Portugal no Mundial'2026, que recusou categoricamente.

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"Não somos favoritos. Os nossos objetivos são manter os pés assentes no chão e melhorar em todos os jogos. Chegar a uma final de um Mundial é um caminho difícil, complexo e com muitas vertentes, mas temos de estar preparados e ser uma equipa que não tem medo de sonhar", remata.

Por André Teixeira
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