Ex-internacional português considera o jogo da Hungria, o ponto de viragem na competição
O antigo guarda-redes Eduardo diz que o difícil trajeto da Seleção Nacional no Europeu de 2016, que viria a conquistar, foi importante para unir a equipa e elege o jogo com a Hungria como decisivo.
O ex-internacional, que não fez qualquer jogo na competição, lembrou o início conturbado da equipa orientada por Fernando Santos, como o comprova ter terminado o Grupo F sem vitórias, graças aos empates com Islândia (1-1), Áustria (0-0) e Hungria (3-3), e o apuramento à fase seguinte apenas na categoria dos melhores terceiros classificados.
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"É importante perceber que [um Europeu] é um trajeto feito de várias dificuldades e que não é por ganhar logo no início que vamos ser felizes no fim, já tivemos essas experiências no passado. Desta vez aconteceu ao contrário. Soubemos sofrer, a equipa soube segurar-se e perceber que as dificuldades tinham que ser superadas", diz à agência Lusa Eduardo, agora com 41 anos.
O antigo guardião que se notabilizou ao serviço do Sporting de Braga e que conta ainda com passagens pelo Beira-Mar, Vitória de Setúbal, Benfica e, no estrangeiro, pelo Génova (Itália), Istambul BB (Turquia), Dínamo de Zagreb (Croácia), Chelsea (Inglaterra) e Vitesse (Holanda), considera mesmo que terá até sido isso que "transformou, uniu e deu a força" à equipa "para a fase final", onde, recorda, a equipa voltou a ter que "saber sofrer".
"Temos grandes talentos e o importante foi formar uma equipa e um grupo de homens que lutaram pelo mesmo objetivo. Foi isso que fomos percebendo ao longo do Europeu: a união e o ponto de equilíbrio para depois ter o sucesso no fim", reforçou.
Instado a eleger um jogo decisivo, Eduardo aponta a igualdade a três bolas com os magiares, com um golo de Nani (42 minutos) e um bis de Cristiano Ronaldo (50' e 62') a anularem as vantagens que a seleção húngara ia conseguindo com os tentos de Zoltan Gera (19') e Balazs Dzsudzsak (47' e 55').
"Nesse jogo com a Hungria, [ao intervalo] chegámos ao balneário e estávamos um pouco nas discussões das coisas que se passaram e houve ali, até do próprio selecionador, uma espécie de murro na mesa, uma chamada de atenção. A partir daí, a equipa percebeu realmente e fomos construindo e nos unindo em prol do objetivo final que era a vitória", conta.
Depois, foi a vitória após prolongamento sobre a Croácia (1-0) nos oitavos de final, a batalha com a Polónia ganha no desempate por grandes penalidades (5-3) nos quartos depois do empate 1-1 no final dos 90 minutos e do prolongamento e, finalmente, o único triunfo no tempo regulamentar, nas meias, diante do País de Gales (2-0).
Na final, em Paris, diante da França, novamente no prolongamento após o 0-0 no fim dos 90 minutos, o "tiro" de Éder fez história.
A oito anos de distância, Eduardo lembra o "momento único" para atletas, adeptos e para os portugueses em geral.
"Foi o primeiro título conquistado por Portugal e, pela dimensão que tem, foi uma afirmação para o país. Temos tido os melhores jogadores da Europa e do Mundo, mas como seleção nunca tínhamos conquistado. Se calhar, já tínhamos merecido várias vezes, e tivemos essa felicidade [em 2016]. Acima de tudo foi o afirmar na Europa dos talentos que fomos produzindo ao longo de gerações e esperemos que o futuro seja de sucesso também", diz.
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