Cristiano adora representar a Seleção Nacional, a qual constitui para ele uma espécie de porto de abrigo. Fruto do castigo que lhe foi aplicado por ter sido expulso no clássico do Camp Nou e empurrado o árbitro, a pausa forçada não vai deixar de ter, por certo, alguma influência na condição física que irá apresentar aquando do importante duplo compromisso de qualificação para o Mundial. Portugal defronta as Ilhas Faroé dia 31, no Estádio do Bessa, e a Hungria (fora) a 3 de setembro. Até lá, Ronaldo não realizará qualquer jogo oficial, a menos que seja despenalizado para a 2ª mão da Supertaça de Espanha, que tem lugar amanhã à noite.

O português é viciado no trabalho, não perdendo uma oportunidade para otimizar a preparação física. Desta forma, é natural que se apresente a Fernando Santos em boa condição, mas não é menos verdade que o ritmo competitivo se ganha... em competição. Se tudo tivesse corrido normalmente, Ronaldo teria participado em três jogos antes da dupla jornada da equipa das quinas, enfrentando o Barcelona, o Deportivo e o Valencia. O selecionador nacional não deixará de ter isso em atenção, apesar de saber que CR7, mesmo não estando num pico de forma, é capaz de desequilibrar os pratos da balança. Basta aferir o que sucedeu anteontem no Camp Nou. Cumprindo a planificação que visava chegar a 100 por cento ao jogo de abertura da Liga, Ronaldo entrou apenas aos 58 minutos, dando pouco depois o golpe de misericórdia no Barcelona. Apontou um golo que deixou a nação culé prostrada! Só não tornou a faturar porque o árbitro transformou o possível penálti... em expulsão.