Footgolf luta para ter espaço

Mesmo sem estarmos equipados a preceito, ganhámos o gosto de tentar fazer birdies com os pés. Não, não é jogar futebol num campo de golfe!

A nossa viagem por algumas das modalidades que poderá experimentar no Record Challenge Park continua. Numa altura em que todos os fãs de desporto estão em contagem decrescente para o evento do ano no Estádio 1º de Maio, decidimos levar esta tarefa para outro patamar e fomos em equipa para o Dolce CampoReal, em Torres Vedras. Jogar golfe? Não! Experimentar as nossas habilidades – ou falta delas... – no footgolf. O nome não lhe soa bem? Pois bem, desde já, não pense que se vai jogar futebol num campo de golfe. Nada disso. É verdade que é mesmo num campo de golfe, que fica adaptado para o footgolf, com buracos maiores mas com menor distância. E essa é uma ideia que Telmo Monteiro, vice-presidente da Federação Portuguesa de Footgolf faz questão de destacar.

"Basicamente são as regras do golfe, mas com uma bola de futebol. Isto não é jogar futebol num campo de golfe, é jogar golfe com uma bola de futebol e com o pé. Ganha quem terminar o percurso com o menor número de chutos", explica-nos. Mas eu e o Pedro não começámos bem. É que levámos logo uma repreensão por nos termos apresentado para este pequeno treino sem estarmos vestidos a preceito. "Para já, dou um cartão amarelo porque há um traje obrigatório para jogar footgolf: um polo com gola, calção com presilha e meia alta. Não vinham preparados mas estão desculpados!", conta.

O Record Challenge Park vai ter footgolf (e não, não é jogar futebol num campo de golfe)

Na hora de começar, percebemos logo que os princípios são, de facto, semelhantes aos do golfe. Há que ler o vento, olhar para o objetivo e perceber qual será a melhor estratégia. O problema? A ideia até pode estar certa, mas daí a executar como deve ser vai uma grande distância. "O típico comentário do jogador de footgolf é queixar-se da bola mal ele sai do pé", "Isso foi um pontapé de jogador de futebol, que chuta sem pensar nos riscos" e "Essa é uma grande bola!" – não podia ser tudo mau... – foram alguns dos comentários que fomos ouvindo no percurso.

Verdade seja dita, o Pedro Filipe Pinto fez uso da experiência que teve no futebol para ficar uns passos à frente, especialmente no ‘tee off’, o pontapé de saída. Aprendemos as técnicas para sair do bunker, como pode ver no vídeo no nosso site, mas também ficámos a conhecer os desafios que o footgolf tem em Portugal. Esta é uma modalidade que nasceu em 2009, na Holanda, e que por cá começou a crescer em 2013. Há apenas oito campos homologados para se jogar footgolf no nosso país, o que mostra um problema por resolver: muitos golfistas ainda olham de lado para o footgolf. Importa dizer que todas as regras são seguidas para preservar o estado dos campos, sempre com o máximo respeito. Por isso, o footgolf luta de forma legítima e vai tentar, também no Record Challenge Park , mostrar que tem o seu espaço. Podemos dizer que é algo que pode... viciar! 

Aventura no Mundial


A aula tinha de acontecer já, uma vez que Telmo Monteiro deixa de estar disponível no fim do mês. Aliás, não estará no Record Challenge Park por um ótimo motivo. É que será um dos atletas que vão representar Portugal no Mundial, em Orlando, nos Estados Unidos, entre 27 de maio e 6 de junho. 39 países vão a jogo, sendo que a Seleção Nacional será representada por Flávio Azenha, André Bento, Pedro Brito, José Constantino, Vítor Duarte, Vasco Jorge, Roman Lapusneanu, Miguel Maia, Tiago Marques, Cedric Martins, Telmo Monteiro, Paulo Pádua, Luiz Santana, Juan Serraninho, Luís Silva, Luís Paulo Rodrigues, Luís Almeida, Pedro J. Brito, Pedro Carvalho, Fernando Dias, Mauro Ferreira, Alexandre Marau, António Simões, Rui Teixeira, Rui Velho, Filomena Alcobaça, Cristina Cunha, Sandra Gonçalves, Sara Marques e Sílvia Oliveira. *

Por Pedro Gonçalo Pinto
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