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Paulo Fonseca recordou numa entrevista à 'Gazzetta dello Sport' a sua saída da Ucrânia pouco depois da invasão russa e alertou para o perigo que o Mundo corre se Vladimir Putin for bem sucedido nesta guerra.
"Foi um pesadelo", lembrou o treinador português, que se juntou com a mulher e o filho aos jogadores do Shakhtar Donetsk e ao treinador Roberto De Zerbi no bunker de um hotel em Kiev. "Foi a 24 de fevereiro, era suposto sairmos às 10 da manhã para Portugal. Às 4h30 ouvimos as primeiras explosões",
"Estávamos assustados. As crianças dormiam em sacos-cama. A minha embaixada organizou uma viagem para três famílias e fomos para a Moldávia. Foi uma viagem terrível, 30 horas sem parar, com filas de 5 quilómetros e caças a voar por cima das nossas cabeças. Só relaxei quando chegámos à Roménia", recordou o antigo treinador do Shakhtar e da Roma, que é casado com uma ucraniana.
"A minha mulher ainda chora porque temos amigos e família no país. Agora, através da federação portuguesa, estamos a tentar receber alguns refugiados de guerra. É uma parte pequena, quando comparado com os 2 milhões de pessoas que estão a deixar o país", admitiu.
Paulo Fonseca teme o desfecho deste conflito. "Não sou político, mas sou a favor de uma zona de exclusão aérea. É verdade que eles [a Rússia] têm a bomba atómica, mas estamos a deixar o Putin ficar demasiado forte, ele sente o medo da comunidade internacional. Tem de ser parado agora, ou tornar-se-á mais difícil fazê-lo depois. O pior está para vir. As centrais nucleares são um problema e sabemos o que pode acontecer com este homem. Ele é o principal respondável. Quem o apoiar necessita de ajuda psicológica."
Questionado sobre se a Ucrânia deve render-se, Paulo Fonseca garante: "É falar quando estamos longe. E se a Itália ou Portugal fossem invadidos? Lutaríamos? Nada há mais precioso do que a liberdade e agora há muitos países com medo. A Georgia, a Moldávia, a Polónia... Se o Putin ganhar esta guerra será um grande problema para todo o Mundo."
A finalizar, Paulo Fonseca agradeceu aos adeptos da Roma, aos jogadores e aos donos do clube italiano, a família Friedkin. E Mourinho? Ligou-lhe? "Não, não ligou."
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