Depois de várias reuniões secretas, a UEFA tem em cima da mesa uma proposta da A22, empresa que representa a Superliga Europeia, para tornar a Liga dos Campeões mais atrativa. Conforme demos conta durante o dia de ontem, o novo projeto contempla a questão da governação, dos direitos televisivos e também do próprio formato da competição. No que toca a este último ponto as mudanças não são profundas, mas ainda assim suficientes para, no entender dos responsáveis, trazerem mais espetacularidade e equilíbrio na primeira fase. Se essas alterações fossem aplicadas na edição deste ano, como seria a vida de Benfica e Sporting, os únicos representantes portugueses? É isso que vamos tentar perceber.

Neste caso, é importante recordar o que está em causa. A proposta consiste em separar os 36 clubes - cujo sistema de qualificação se mantém, ou seja, através das ligas nacionais - em dois grupos, sendo que no primeiro iriam ficar as 18 melhores equipas de acordo com o ranking, equipas essas que disputariam entre si os 8 jogos da primeira fase, enquanto as restantes, do 19 ao 36, seriam colocados no segundo grupo. Assim sendo, o Benfica, que na altura do sorteio estava em 10.º lugar no ranking da UEFA, ficaria inserido no primeiro grupo e iria medir forças com oito formações do seguinte lote: Real Madrid, Manchester City, Bayern Munique, Liverpool, PSG, Inter, Chelsea, Borussia Dortmund, Barcelona, Arsenal, Bayer Leverkusen, Atlético Madrid, Atalanta, Villarreal, Juventus, PSV e Nápoles.

Quanto ao Sporting, que ocupava a 24.ª posição, estaria no Grupo 2 com Eintrach Frankfurt, Club Brugge, Tottenham, Ajax, Olympiacos, Slavia de Praga, Bodo/Glimt, Marselha, Copenhaga, Monaco, Galatasaray, Kairat Almaty, Saint-Gilloise, Pafos, Athletic Bilbao, Newcastle e Qarabag.

No final desta primeira fase, os 8 primeiros classificados do primeiro grupo passariam automaticamente aos oitavos de final, enquanto outras 16 equipas classificadas entre os grupos 1 e 2 disputariam um playoff, com o 9.º classificado do primeiro grupo a medir forças com a equipa classificada do Grupo 2 com a pontuação mais baixa. O objetivo é nivelar e ter mais jogos de qualidade na primeira fase e também dar mais hipóteses às equipas menos cotadas de chegarem a fases mais adiantadas da competição.