José Mourinho era um homem rendido aos seus jogadores após a vitória da Roma (1-0) sobre o Bayer Leverkusen na primeira mão das meias-finais da Liga Europa. O técnico português deu conta da dificuldade que foi bater os alemães no Olímpico de Roma.
"O crédito vai todo para os miúdos. Eles têm essa mentalidade, vontade, empatia, sentido de responsabilidade de fazer de tudo para deixar os adeptos felizes. Tivemos grandes momentos como hoje a partir de Trigoria [centro de treinos da Roma] para o estádio, com gente na rua, até para alguém como eu isto faz bem. Os miúdos responderam bem, não foi fácil, até porque foi mentalmente difícil. Foi difícil jogar contra eles, manter o foco durante os 90 minutos e jogar para vencer. Emocionalmente foi muito difícil, mas os rapazes conseguiram vencer esta primeira parte", começou por considerar em declarações à Sky Sport Itália.
Wijnaldum e Dybala, titulares em condições normais, só saltaram para o relvado aos 76 minutos. As dificuldades físicas em vários jogadores importantes dos giallorossi continuam a apoquentar o 'Special One', que explicou as opções que teve de fazer. "É difícil para mim, é difícil para todos, o medo de se aleijarem e ao mesmo tempo a necessidade de tê-los como opção, mas graças a Deus, acho que não há problemas depois desta noite. Vamos ver se na próxima quinta-feira podem ter mais minutos", frisou, sem deixar de elogiar o autor do único golo do jogo: o jovem Bove.
"É um rapaz com uma educação extrema, com formação intelectual e académica, um profissional que parece ter 30 anos e depois cresce humildemente. No ano passado só entrou a cinco minutos do fim, este ano ele cresceu, eu fiz o meu trabalho que é ajudar o jogador a crescer", vincou Mourinho.
Por Flávio Miguel Silva