O encontro que na última madrugada colocou frente a frente o Uruguai e a Colômbia na Copa América, em Charlotte, nos Estados Unidos, ficou marcado pelo apuramento dos 'cafeteros' para a final da competição e por uma monumental cena de pancadaria de alguns jogadores uruguaios com adeptos colombianos.

O clima de tensão começou ainda no relvado, depois do apito final. Os jogadores colombianos que estavam no banco invadiram o campo para celebrar e rapidamente aconteceram os empurrões e a troca de insultos entre as duas equipas.

Depois, segundo o defesa José Giménez, os jogadores uruguaios viram que os seus familiares que estavam na bancada estavam a ser provocados por adeptos e correram para os ajudar. Darwin foi um deles, o ex-Benfica trocou socos com alguns adeptos, tendo inclusivamente pegado numa cadeira de ferro para arremessar contra os colombianos, acabando por ser impedido pela polícia.

A mãe de Ugarte desmaiou no meio da confusão e foi, depois, assistida pela equipa médica da seleção do Uruguai. Alguns jogadores, como Mina Bonino e Fede Valverde, procuraram desesperadamente os familiares no meio da bancada e também houve adeptos do Uruguai feridos.

Luis Suárez criticou a atitude dos jogadores da Colômbia depois do apito final. "Há sempre brigas, risos, palavras, tanto faz. Mas o que mais incomoda é a forma de comemorar, não faz sentido faltas de respeito. Eliminámos o Brasil e ninguém 'passou' por nenhum jogador brasileiro. Pelo contrário, fomos cumprimentá-los, somos colegas de campo, conhecemos o sofrimento vivido numa derrota", disse Suárez. 

Conmebol condena

A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) "condenou energicamente qualquer ato de violência que afete o futebol". Sem se referir diretamente ao sucedido na meia-final, o organismo acrescenta que "não há lugar para a intolerância dentro e fora do campo."