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Roberto Martínez explica por que canta o hino e se esforça por falar português: «Se fosse adepto...»

Treinador espanhol admite que trabalhar com a seleção portuguesa tem sido uma "aventura espectacular"

• Foto: Reuters

Nas vésperas do arranque do Euro'2024, Roberto Martínez não esconde o desejo de levar o nome de Portugal o mais longe possível na prova. O treinador espanhol contou numa entrevista ao jornal 'As' como tem sido trabalhar com a Seleção e até explicou por que se esforça por cantar o hino e falar português.

"O hino é importante, tem um significado especial para a Seleção. Dás-te conta disso. Há partes da letra escritas nas paredes da cidade desportiva. Não é um aspeto político. Representa ter milhões de portugueses em Portugal, e também no estrangeiro, por detrás de uma equipa de futebol", contou.

Martínez também fez questão de aprender português. "Pensei 'se eu fosse um dos adeptos da Seleção e chegasse um treinador estrangeiro, gostaria de o ver falar português'. Ainda estou a aprender, é um processo. Na equipa falamos também em inglês, em espanhol. O professor, o Miguel, é um santo, tem muita paciência. Temos hora e meia de aula por dia."

O selecionador faz um balanço "muito positivo do ponto de vista humano" desta "aventura espectacular" e elogia "a essência do futebolista português". "Nunca tinha tido nenhum no balneário, tinha-os sempre enfrentado como rivais. A minha surpresa foi a mescla entre a sua competitividade natural e o gosto pela informação tática. Não estava à espera. Ter jogadores que querem melhorar a estrutura tática é o sonho de qualquer treinador."

Sobre a equipa, Martínez revela que quer a Seleção virada para o ataque. "O nosso plano define o grupo que há em Portugal, com muito talento, a querer defender com a bola. Há que procurar sempre a baliza contrária, o ataque. Prefiro ganhar por 5-4 do que por 1-0. Todos os estilos e modelos têm coerência quando se ganha."

E Cristiano Ronaldo? "A força de um balneário não está apenas no que um treinador diz aos jogadores, mas sim nos exemplos do dia a dia. O Cristiano, o Pepe, são referências incríveis. Criam um ambiente muito positivo. Têm a máxima exigência, como os outros jogadores."

Depois contou como foi recebido pelo capitão. "Quando há uma mudança de regime, há sempre um momento novo. As primeiras impressões são importantes. Ele, como capitão, reagiu de forma muito natural. No futebol há muita conversa de bar, mas as decisões tomam-se no terreno de jogo. Tem sido no futebol que ele tem tomado as suas decisões. Voltou a ter um sentimento de felicidade."

E quem pode ganhar o Europeu? "Desta vez não há favoritos. Há candidatos. Várias seleções têm jogadores habitados a lutar or todos os títulos, a França, a Inglaterra, a Itália, a Alemanha, a Espanha, Portugal…  Nós não podemos afastar-nos das nossas responsabilidades, a exigência é estar a um nível máximo. É assim que se chega mais longe. Mas os detalhes fazem a diferença, num jogo a diferença entre ganhar e perder pode ser verdadeiramente mínima..."

Por Isabel Dantas
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