Ricardo Quaresma: «Não nasci para clubes finos»

Extremo abre o livro no 'Seleção à medida', o novo programa da Sport TV

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Quaresma como nunca o viu: «A minha maior escola é a escola da vida»

'Seleção à medida', o programa de entrevistas conduzidas por Paulo Battista, começou de trivela. A trivela de Ricardo Quaresma, o primeiro convidado do alfaiate da Sport TV +. Apaixonado pela Turquia e pelo Besiktas, admite que é um dos dois clubes onde foi mais feliz. O outro é o FC Porto. "Os clubes onde mais brilhei são dois clubes de bairro. Um é o FC Porto, outro é o Besiktas. Não nasci para clubes finos", atira, revelando ainda a intenção de ficar na Invicta quando terminar a carreira. "É onde me sinto bem. Adoro viver ali, as pessoas tratam-me bem. Não é que em Lisboa me tratem mal, mas sinto-me melhor no Porto", admite.

Para trás ficaram também algumas más experiências, que assume terem sido culpa sua. "No Barcelona era miúdo e tive atitudes que não eram corretas. No Inter, fui fraco. Foi a única vez em que me senti fraco. Dentro da cabine passou-se muita coisa que mexeu comigo e não soube levantar-me. Atualmente nada me deita abaixo no mundo do futebol", sublinha.

Quaresma, de 34 anos, garante que nunca recusa autógrafos ou fotografias a adeptos. "Quando tens admiradores, não podes tratar mal as pessoas. São elas que te levam ao sucesso", destaca, assumindo que uma das maiores dificuldades que teve "foi lidar com o sucesso e a fama". "Vens de um bairro em que estás habituado a fazer tudo sem ninguém te chatear e de um momento para o outro tens jornais, tens câmaras e tudo mais ali pronto para te apanhar e seres notícia. Isso custou-me muito ao início. Hoje em dia, com a idade que tenho e o tempo que levo como profissional, já me habituei", diz.

A infância, passada nos bairros problemáticos do Casal Ventoso e das Galinheiras, em Lisboa, moldou-lhe o caráter. "Foram tempos duros. A minha maior escola é escola da vida. Duas coisas que nunca me faltaram foi amor e educação. Com isso tu vives. Às vezes as pessoas metem na cabeça que o dinheiro está acima de tudo. Mas chegas a casa, tens muito dinheiro mas não tens carinho e amor das pessoas de quem gostas… o que te vale o dinheiro? ", pergunta, contando um episódio marcante: "Vi passar um Ferrari lá no bairro e disse 'Um dia vou ter um'. Houve alguém que me respondeu 'Está mas é calado que tu nem para comer tens'. Ficou-me na cabeça. Há pouco tempo encontrei essa pessoa e pensei nisso."

'Seleção à medida', por Paulo Battista

Sport TV +

19h20

Por Sérgio Krithinas
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