Atlético Mineiro não vai a Chapecó para o último jogo

Clube lembra que o mais importante é o respeito pelas vítimas

• Foto: Reuters

O futuro desportivo da Chapecoense está cheio de indefinições. Mas, apesar da CBF e o clube já terem revelado que a ideia era realizar o último jogo do Brasileirão deste ano em Chapecó, é certo que este encontro não se irá realizar, pois o Atlético Mineiro anunciou esta quinta-feira que não está disponível para jogar por respeito aos familiares das vítimas do acidente de aviação que provou a morte da quase totalidade da equipa de Santa Catarina, os técnicos e os dirigentes (além dos jornalistas que os acompanhavam) na Colômbia.

"Vim aqui somente informar que o Atlético não irá jogar contra a Chapecoense, não irá para Chapecó jogar a ultima partida. Nós acreditamos no desporto, respeitamos a dor, não é o momento de cobrar de jogador nenhum a essência do desporto. Já comuniquei a decisão à CBF. Conversei com o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, que concordou. O Atlético não irá a essa partida. Provavelmente, a maior punição é a perda dos três pontos. Mas isso não altera nada. É o mínimo de respeito que temos de ter pelos familiares, pela cidade e pelo país que está sofrendo com isso. Muito obrigado e bom dia a todos", confirmou o presidente do clube mineiro, Carlos Nepomuceno.

A decisão anunciada pelo líder do Atlético Mineiro - que já tem a posição definida na classificação do Brasileirão (4.º lugar) - é também defendida pelos jogadores do clube de Belo Horizonte. O central Gabriel lamentou a tragédia e lembra que não existe clima para poder jogar na Arena Condá, em Chapecó. "Nós conversamos e pedimos para que não houvesse esse jogo. Não há clima para jogo, para comemoração, para festa. Foi uma tragédia, a gente fica muito triste com isso. O presidente tomou uma decisão muito acertada. A CBF tem que entender. Creio que a CBF vai entender o que o Atlético está pensando. É uma decisão muito importante que o presidente tomou", lembrou o defesa sobre o encontro agendado para dia 11.

Por António Carlos. Rio de Janeiro. Brasil
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