Do "mal-educado" Infantino ao bullying à neta por causa do "avô mau": Blatter dispara em todas as direções

Antigo presidente da FIFA quebrou o silêncio em entrevista ao 'ABC'

• Foto: Reuters
Joseph Blatter, antigo presidente da FIFA durante 17 anos, quebrou o silêncio numa longa entrevista ao 'ABC'. O suíço revelou como viveu a sua família quando o quiseram "eliminar do futebol", falou sobre Gianni Infantino e abordou o tema Superliga, com o qual não concorda.

Questionado sobre quando frisou que o queriam "eliminar do futebol" Blatter assumiu que é o "normal" quando uma pessoa alcança "um êxito muito grande". "Quando cheguei [à FIFA], praticamente não havia nada. Alguns não gostam muito de mim. Então quando cheguei a uma situação em que o meu futuro não estava muito claro, decidiram que a melhor solução era essa. E isto é um facto. A Comissão de Ética eliminou-me do futebol, e depois a Justiça suíça aproveitou-se disso para nos meter, a mim e a Platini, em tribunal".

Blatter revelou os momentos complicados pelos quais a sua família passou, principalmente a neta. "É complicado. Sofreu no colégio, até no ballet... os colegas diziam-lhe que o seu avô era um homem mau. E ela, uma menina de 15 anos, ficou chateada e teve de mudar de escola. O pai e a mãe também tiveram problemas. Não entendiam a razão de atacarem jovens de 15 anos totalmente inocentes por causa do avô".

O suíço falou também da altura que passou na FIFA, afirmando que apesar de "não ser uma máfia", algumas pessoas acabaram por ser castigadas por corrupção, e considerou que o atual presidente, Gianni Infantino, é um "mal educado": "Não debate assuntos diretamente comigo, o antigo presidente. Dizia que se quisesse falar, tinha de ser com os advogados. É uma falta de respeito".

O antigo dirigente abordou ainda o projeto da Superliga, que não apoia. "Não é o nosso mundo, o europeu. Não é a minha ideia de futebol, não posso dar o meu apoio. O futebol não vive só de bilheteiras, é uma ideia errada. É mais do que isso. Tem em conta o aspeto cultural, social e educativo. Não deve deixar de ser um jogo para todos para passar a ser só para ricos. Essa é a minha teoria, a que tentei colocar em prática durante 40 anos. Não pode ser de ricos, isso não é futebol. É um desporto popular, para todos", terminou.
Por Record
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