Verónica Ojeda testemunhou no julgamento dos profissionais de saúde acusados pela morte de 'El Pibe'
Verónica Ojeda, ex-mulher de Maradona, acusou a equipa médica que tratou do antigo craque nos seus últimos dias de vida de o sequestrar. No julgamento que está a ter lugar na Argentina, onde sete profissionais de saúde respondem por homicídio doloso, Verónica contou que a equipa médica dizia que era melhor para o ex-futebolista ser tratado em casa e que ali dispunham de todos os meios necessários para o fazer.
"De cada vez que o via ele pedia-me ajuda", recordou a mãe do filho mais novo de 'El Pibe, Diego Fernando, de 12 anos. "Eu não sabia o que fazer, eles mantinham-no em cativeiro e ele tinha medo de tudo."
Entre lágrimas, a mulher lembrou as últimas conversas que teve com Maradona. "Quando me fui embora ele pediu-me para o levar, estava com medo de ficar sozinho", contou, recordando que a decisão de manter o doente em casa foi tomada pelo neurocirurgião Leopoldo Luque e sua equipa. “Onde o Diego estava cheirava a xixi e cocó, naquele dia [dois dias antes da morte] eu disse que ele precisava de tomar banho e de se barbear porque não era correto estar daquela forma.”
Verónica recordou como soube da morte do ex-marido, com quem viveu entre 2005 e 2014. "Foi pelo rádio. Estava no carro com Dieguito, um jornalista avisou-me para ir à residência de Tigre [onde se encontrava Maradona com a equipa médica]. Quando cheguei, encontrei-o inchado, com espuma na boca. Saí e desmaiei."
A autópsia revelou que Maradona morreu, a 25 de novembro de 2020, com um "edema pulmonar agudo devido a insuficiência cardíaca congestiva aguda e cardiomiopatia dilatada". Uma situação agravada ao longo de vários dias, por alegadamente não ter recebido os cuidados médicos necessários. Várias testemunhas revelaram em julgamento que não havia equipamento médico na casa onde Maradona morreu.
Antes de Verónica Ojeda, o especialista em terapia intensiva de que tratou de Maradona em Cuba, em 2000, também testemunhou. Mario Schiter, que participou na autópsia a pedido da família, lembrou que Maradona era “um paciente com insuficiência cardíaca latente e que, devido ao não cumprimento de cuidados que deveria ter havido dos fatores modificáveis (hábitos ou medicação), desenvolveu insuficiência cardíaca”, que resultou num edema.
O clínico tinha recomendado à família que o transferisse para um centro de reabilitação depois da neurocirurgia a que tinha sido sujeito semanas antes da sua morte, até porque Maradona nem sempre cumpria os tratamentos. "Levá-lo de um hospital de alta complexidade para casa pareceu-me arriscado”, disse o médico.
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