Com a notícia da tragédia ainda ‘fresca’, interessava, a muitos portugueses, perceber o que teria acontecido com Marcelo Boeck, emprestado pelo Sporting à Chapecoense. Ora, o guarda-redes não fazia parte das primeiras escolhas do treinador Caio Júnior e, por isso, ficou de fora dos eleitos para a viagem até à Colômbia.

Ainda durante a manhã, o empresário deste, António Araújo, explicou à TSF que Boeck tinha pedido dispensa por ter cumprido o 32º aniversário. O guarda-redes nega. "Não viajei por opção técnica. A minha mulher até me disse que era para eu estar lá", disse ao ‘Show dos Esportes’.

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Uma das imagens mais marcantes do dia foi mesmo a de Boeck, sozinho no balneário, a rezar junto a um altar ali montado. Record tentou conversar com o guarda-redes, mas o momento não lhe permitiu deixar muitas palavras. "Cheguei ao estádio às 6 horas da manhã e ainda não almocei", disse ao nosso jornal, durante a tarde. Numa entrevista concedida às televisões brasileiras, explicou como ficou a par da tragédia: "O meu filho fez anos e deitei-me tarde. Às 3 horas o telefone começou a tocar e desliguei. Tocou de novo e, a essa hora, nunca é bom. Eram os meus familiares, que disseram "graças a Deus você atendeu". Liguei a televisão, vi as primeiras imagens e foi um baque grande."

Quem esteve sempre com ele foram os restantes jogadores que não viajaram com a Chapecoense: Nivaldo, Neném, Demerson, Andrei, Hyoran, Martinuccio, Rafael Lima e Bruno Winck. Este último falou em exclusivo ao nosso jornal e elogiou a entreajuda: "Boeck tem estado a ser uma grande ajuda, mas está muito abalado. Estamos a tentar ajudar-nos uns aos outros. Vamos fazer tudo para ajudar a Chapecoense."