Kylian Mbappé foi designado o novo capitão da seleção francesa, aos 24 anos. Depois da braçadeira ter pertencido a Giroud e Griezmann nos últimos anos, vai agora passar para o braço do avançado do Paris Saint-Germain. Quem não ficou contente foi o dianteiro do Atlético Madrid e o assunto foi assumido publicamente por Mbappé.
"Conversei com Antoine [Griezmann], ele estava desiludido. É compreensível. Disse-lhe que teria a mesma reação. Ele é, provavelmente, o jogador mais importante da era [Didier] Deschamps. Não sou o superior hierárquico do Antoine. Vamos estar lado a lado e juntos, vamos tentar recolocar a seleção francesa no topo do Mundo. Se ele quisesse dizer algo em frente a todo o grupo, iria sentar-me e ouvir. Todos têm oportunidade de ser ouvidos", vincou em conferência de imprensa.
O jornal 'L'Équipe' adiantou que Griezmann, campeão do Mundo pelos gauleses em 2016, terá mesmo equacionado deixar a seleção depois de tomar conta da decisão federativa. O selecionador reconheceu a dificuldade em aceitar essa decisão mas garantiu que tudo agora está bem.
"Não vou entrar em detalhes. Vocês já sabem como ocorreu cronologicamente. Tomei a decisão na noite de segunda-feira. Kylian está acostumado a estar neste grupo há algum tempo. Ele não estará sozinho. Ele está a começar. O mais importante é que ele não é um fardo adicional para o Kylian. Posso garantir que o Antoine, desde segunda-feira, está muito sorridente. Que ele ficou desapontado naquele momento é legítimo, mas isso parou por ali. Pelo que vejo, todos têm o mesmo objetivo em relação no grupo: 'O Antoine é o segundo capitão, tem um papel importante como sempre teve'. Ele está radiante, seja nas sessões de trabalho ou no comportamento com o grupo", explicou Deschamps na antecipação ao embate com a Holanda.
Por Flávio Miguel Silva