Miguel Poiares Maduro
deixou a presidência do Comité de Governação da FIFA em maio de 2017, um ano depois de ter sido nomeado para o cargo. O professor universitário sempre foi uma das vozes críticas de Gianni Infantino e, em declarações ao 'Le Monde', aponta o dedo à postura do presidente do organismo que tutela o futebol mundial face às três alegadas reuniões secretas (em 2016 e 2017) de Infantino com o procurador suíço Michael Lauber, responsável pelas investigações aos processos de corrupção na FIFA.
"O comportamento de Infantino não é ilegal mas é eticamente reprovável. O facto de Lauber já ter sido sancionado deve ser suficiente para o Comité de Ética da FIFA investigar essas reuniões secretas e determinar os objetivos dessas reuniões. Teria de estabelecer-se se o sr. Infantino estava ciente da natureza inaceitável dessas reuniões, sob as regras do Ministério Público suíço, e se sabia que elas provavelmente danificariam a reputação da FIFA", afirmou Poiares Maduro ao jornal francês, pedindo ainda a renúncia do procurador suíço.
"A postura de Lauber é inaceitável e ele deve renunciar. Se não o fizer e não for demitido é a própria credibilidade do sistema de justiça suíço será colocada em causa", argumentou o antigo ministro ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional entre 2013 e 2015.
Por André Antunes Pereira