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04 agosto 2004 - 00:37

Taça da Ásia: China e Japão na final com muito sofrimento

FAVORITOS APURAM-SE

A China, anfitriã do torneio e o Japão qualificaram-se, ontem, para a final da Taça da Ásia, após superarem Irão e Bahrein, respectivamente. No entanto, apesar do estatuto com que actuaram nas meias-finais, foi com muito sofrimento que os favoritos se qualificaram para a decisão de sábado: os chineses, que nunca conquistaram o troféu continental, só o conseguiram no desempate por grandes penalidades e os nipónicos no prolongamento.

Em Pequim, a jogar em casa, a equipa de Arie Haan marcou primeiro mas consentiu a igualdade ainda no primeiro tempo. Mas, logo no início da segunda parte, o árbitro libanês Talaat Najm foi no "teatro" de Shao e expulsou Sattar Zare, que tinha dado um pequeno empurrão ao seu opositor. A jogar contra dez, a China pressionou e esteve mais perto de garantir o triunfo, quando Sun Xiang e Sun Jihai acertaram nos ferros da baliza iraniana.

No desempate por grandes penalidades, a sorte acabou por sorrir aos homens da casa. No último remate do Irão, Golmohammadi tentou marcar com um remate à Panenka (ou à Hélder Postiga...) e deu-se mal: Liu Yunfei, que já estava no chão, conseguiu impedir o golo, deixando os 62 mil adeptos presentes no estádio em delírio.

"Claro que é sempre preciso um pouco de sorte nos jogos com 'penalties'. Mas o cenário é o correcto: estamos na final", afirmou o seleccionador chinês, Arie Haan.

Milagre

Em Jinan, o Japão esteve muito perto de ser eliminado. Com menos um, por expulsão de Endo, a equipa de Zico sofreu o 3-2 a cinco minutos do final e parecia condenada. Mas um tento do defesa nakazawa, no último minuto, permitiu aos nipónicos ir a prolongamento, onde Tamada resolveu a questão com um golo logo aos três minutos.

"Conseguimos outro milagre. Viemos aqui para chegar à final e ganhar o torneio. Agora, só falta terminar o trabalho", assinalou o técnico brasileiro dos nipónicos, que foram assobiados durante todos os jogos pelos adeptos chineses, que ainda não esqueceram a ocupação brutal do Japão entre 1937 e 1945...
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