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Velappan pede desculpa a chineses

DIRIGENTE ASIÁTICO MUITO CRITICADO

O responsável do futebol asiático, Peter Velappan, pediu hoje desculpas pelas críticas aos adeptos chineses na abertura do campeonato asiático e por ter dito que duvidava da capacidade de Pequim para organizar os Jogos Olímpicos de 2008.

As declarações de Velappan, secretário-geral da Confederação Asiática de Futebol (CAF), após o jogo de abertura da prova chocaram o país anfitrião do campeonato, com os adeptos e os dirigentes futebolísticos chineses a exigirem pedidos de desculpas.

O dirigente asiático disse que os adeptos de Pequim foram "mal-educados", ao apuparem a entrada no estádio e os discursos do presidente da FIFA, Joseph Blatter, entre outros.

"Os dirigentes da FIFA, da CAF e da China devem sentir-se envergonhados pelo que viram na cerimónia de abertura. Os adeptos de Pequim foram mal-educados", criticou então Velappan, em declarações à imprensa.

"O povo chinês tem uma grande cultura, educação e história, mas o seu comportamento hoje... Bem, não estou certo de que Pequim irá acolher uns bons Jogos Olímpicos", afirmou o malaio.

Segundo uma responsável pela organização local, tudo se deve a um mal entendido, já que os apupos foram motivados por falhas técnicas na abertura, não constituindo ataques dirigidos a Velappan ou ao presidente da FIFA.

"O sistema de som do ecrã gigante do estádio teve alguns problemas técnicos. O som tinha um atraso de 10 segundos em relação à imagem", justificou domingo Wang Hui.

A justificação convenceu Velappan, que disse hoje "ter compreendido mal a razão dos apupos".

"Se eu ofendi os sentimentos dos adeptos, peço desculpa", referiu o malaio, afirmando agora que os Jogos Olímpicos de Pequim "serão os melhores de sempre, dado o empenho da população e do governo chinês".

O responsável da CAF manteve-se, contudo, firme nos comentários à falta de público no estádio na abertura do campeonato (30.000 a 35.000 no Estádio dos Operários, com capacidade para 61.900 pessoas).

"Eu disse, no sábado, que a cerimónia de abertura e o jogo foram transmitidos para mais de 100 países no Mundo. E o que é que as pessoas viram? Um estádio com meia capacidade. Isso é positivo ou negativo?", assinalou hoje Velappan, já em Jinan, outra das cidades chinesas anfitriãs do evento.

No sábado, Velappan referiu que a CAF esperava "um estádio cheio" na abertura e ameaçou mesmo não organizar mais eventos na capital chinesa.

"A selecção chinesa estava a jogar e ainda assim as pessoas não vieram ao estádio. Se os pequinenses não apreciam e apoiam o futebol na cidade nós iremos reconsiderar trazer futuros eventos para Pequim", afirmou.

Um dos responsáveis chineses pela organização do Asiático pediu domingo a Velappan "para se justificar e pedir desculpas aos adeptos de Pequim".

"Mesmo que a cerimónia de abertura e o nosso trabalho de organização do campeonato Asiático não tenham sido perfeitos, isto não é motivo para Velappan duvidar da capacidade de Pequim para organizar os Jogos Olímpicos", criticou Zhang Heng, secretário-geral do comité organizador do Asiático.

Os adeptos de Pequim também exigem um pedido de desculpas público de Velappan, numa carta entregue em mão ao dirigente asiático na noite de domingo.

"Queremos que Velappan peça desculpas aos adeptos de Pequim. Se não pedir desculpas será considerado `persona non grata´ para os adeptos de Pequim", lê-se na carta da claque da principal equipa de Pequim (Beijing Guoan), divulgada pela imprensa.

Para os adeptos chineses, Velappan foi longe demais, "sobretudo" pelas "dúvidas expressas em relação à capacidade de Pequim para organizar os Jogos Olímpicos de 2008, que ofenderam os sentimentos dos adeptos da capital".
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