Alejandro Martinuccio era um dos raros sobreviventes da equipa da Chapecoense do acidente aéreo de novembro de 2016. O avançado argentino, de 29 anos, não seguia a bordo da aeronave que caiu na Colômbia, por se encontrar a recuperar de lesão, e, como é natural, após estar recuperado foi integrado no grupo agora liderado por Vagner Mancini.
Mas, era um dos raros sobreviventes, porque deixou de sê-lo esta quinta-feira, ao ser dispensado pelo clube de Santa Catarina, na sequência das críticas feitas numa rede socialsobre a sua pouca utilização em 2017.
"Muitos dizem que estou sem vontade e isso é mentira. Nunca duvidem de mim", escreveu o dianteiro argentino, acrescentando: "Para tirar dúvidas e afirmações negativas sobre mim, estou a 100 por cento, não estou lesionado. São escolhas destas grandes mudanças. Tenho que respeitar."
Palavras mal recebidas pelos responsáveis da Chapecoense, que logo na quarta-feira reagiram, por intermédio do diretor de futebol do clube, João Carlos Maringá.
"Esse tipo de comportamento não cabe na reconstrução da Chapecoense. Esse é o meu recado. Ele deveria ter vindo ao balneário e abraçado os companheiros. Hoje ele mostrou que não está envolvido no nosso projeto", escreveu o dirigente na mesma rede social.
Esta quinta-feira deu-se o desfecho esperado. Martinuccio e a Chapecoense anunciaram o divórcio.
"Conversamos com o Martinuccio e tomamos a decisão de encerrar o ciclo dele na Chapecoense. A decisão foi do clube. Foi o primeiro atleta que conversei quando cheguei na Chapecoense. O episódio de ontem teve um peso grande. Na Chapecoense o coletivo está acima de qualquer coisa", afirmou Rui Costa, o diretor executivo do emblema de Chapecó.