Carlos Carvalhal, treinador português que está sem clube desde que deixou o Olympiacos em fevereiro, revelou que teve várias propostas para orientar emblemas brasileiros, mas que "não estavam reunidas as condições" para rumar ao Brasileirão. Agora, o técnico, de 58 anos, admite a possibilidade de assumir o comando de um clube daquele campeonato.

"No meu caso, é público que já tive muitas oportunidades para ir para o Brasil, mas não estavam reunidas as condições para eu ir para lá. Agora, penso que podem estar definitivamente reunidas as condições para poder entrar no campeonato brasileiro", afirmou no podcast 'Footure'.

Carlos Carvalhal considera que o Brasileirão é um campeonato muito competitivo e 'dá a receita' para os clubes brasileiros no que aos treinadores diz respeito: "O Brasil é um caso ‘sui generis’. Tem uma competição muito larga, com uma densidade competitiva muito grande e uma proximidade de jogos muito curta. Isto leva a que, na minha opinião, seja muito importante a escolha de um treinador para um clube. E quando se escolhe um treinador, temos de ter consciência de que não está a ser escolhido apenas um treinador. Está a ser escolhida uma pessoa, que tem ideias, que tem os seus valores humanos e culturais também. Logo, deve ser escolhido um treinador que se adeque às ideias e exigências do clube. Depois disso, dar-se-lhe todas as condições para realizar o seu trabalho. Uma época é uma maratona. Tenho seguido muito o campeonato brasileiro e julgo que os clubes que têm tido sucesso são aqueles que têm tido estabilidade emocional", disse.

"Com um bom critério, com uma boa escolha num treinador que pense no futuro do clube, creio que as equipas andarão numa linha ascendente. Poderão ter uma quebra, mas voltarão à linha ascendente sem grandes oscilações", acrescentou.