A história de Bruno Fernandes, mais conhecido por Bruno Goleiro, chocou o Brasil e o mundo em 2010. Pouco mais de 15 anos depois, o antigo guarda-redes do Flamengo volta a ser tema na imprensa desportiva brasileira e internacional e tudo está relacionado com o seu filho, também ele Bruno. O jovem, de 15 anos, é fruto da relação que o ex-guardião teve com a modelo Eliza Samúdio e tem dado passos firmes no futebol. Recentemente, Bruno Samúdio foi convocado para a seleção sub-15 do Brasil e a história macabra que assombra a família voltou a ser notícia.

Tudo remonta a 2010, altura em que Eliza Samúdio alegou ter um filho de Bruno Fernandes, filho esse que o antigo guarda-redes do Flamengo não reconheceu. Tendo em conta que o pai não quis assumir a paternidade da criança, Elza Samúdio avançou com um processo na justiça brasileira contra Bruno Fernandes, que estava em vias de se mudar para o futebol europeu - o AC Milan era o destino mais provável. Contudo, em junho desse mesmo ano Eliza Samúdio foi dada como desaparecida e um primo de Bruno acabou por acusar o ex-guardião de ter sequestrado e assassinado a ex-companheira.

O resultado da denúncia feita por um familiar terminou com a condenação de Bruno Fernandes, em 2013. O antigo guarda-redes foi formalmente acusado de assassinato, sequestro e ocultação de cadáver, entre outros crimes, e condenado a 22 anos e três meses de prisão.

Sem mãe e pai presentes, Bruno Samúdio viu a guarda passar para a avó materna, Sónia Moura, que continua a acompanhar o jovem futebolista que, tal como o próprio pai, mostra talento para a baliza. Aos 9 anos ingressou no futsal. Três anos depois estava no Athletico Pararanense, clube que o pai também representou durante a sua carreira. No último verão, Bruno Samúdio rumou aos sub-14 do Botafogo, com direito a salário, moradia e ainda acompanhamento escolar. Este ano, o jovem foi chamado às seleções jovens do Brasil, mais concretamente aos sub-15, e destacou-se com a conquista de um troféu frente à Argentina. Nessa final, Bruno Samúdio brilhou ao defender um penálti, que se tornou determinante para a conquista do Brasil.

Em liberdade condicional desde janeiro de 2023, Bruno Goleiro, agora com 40 anos, continua ligado ao futebol - disputa campeonatos regionais ao serviço do Rive Atlético Clube - e tenta aproximar-se do filho. "Reencontrar o meu filho é o passo mais difícil da minha vida, espero um dia ter a oportunidade de corrigir os meus erros", disse recentemente o ex-guardião, uma aproximação que o filho não deseja. "Eu não o odeio, só sinto pena dele. Teve a chance de ter uma carreira brilhante e desperdiçou-a. Foi um bom jogador, só que não era uma boa pessoa", vincou o jovem, em entrevista ao programa 'Geral do Povo', da RedeTV!, no último ano.