O Barcelona e o seu antigo presidente Josep Maria Bartomeu vão responder em tribunal por alegada corrupção desportiva consumada em pagamentos milionários ao ex-dirigente da arbitragem José María Enríquez Negreira, revela a agência EFE, citando fontes judiciais.

O caso de corrupção surge na sequência de investigações que o ministério público de Barcelona iniciou há cerca de um ano e que dão conta de que a empresa do antigo responsável da arbitragem espanhola recebeu quase sete milhões de euros por suposta assessoria, verbal, ao clube, entre 2001 e 2018.

A Procuradoria-Geral do Estado espanhol está agora a analisar a denúncia do ministério público, na qual o clube catalão é associado ao crime de corrupção em negócios de forma continuada.

Supostas irregularidades fiscais cometidas pela empresa de Negreira expuseram, em maio de 2022, os pagamentos recebidos pelo antigo vice-presidente da Comissão Técnica de Árbitros.

Além do dirigente supostamente corrompido, também o FC Barcelona, enquanto pessoa jurídica, o seu antigo presidente Josep Maria Bortomeu e outros membros da direção vão responder pelos factos em causa.

"O que ficou claro é que o FC Barcelona nunca comprou árbitros, nem nunca teve intenção de o fazer. Nunca! A contundência dos fatos contradiz aqueles que tentam mudar a história. Estamos novamente fortes. Nada disto é casual", comentou o atual presidente, Joan Laporta.