"Apesar da luta continuada contra a violência e o racismo, até ao limite das suas competências (de acordo com a legislação espanhola, limitada a detetar e denunciar os factos), a LaLiga sente uma imensa frustração devido à ausência de sanções que as suas denúncias têm merecido dos órgãos disciplinares desportivos, de justiça e administração pública", indicou o organismo, em comunicado.
A Liga espanhola, presidida por Javier Tebas, adiantou que vai solicitar, formalmente, nos próximos dias, alterações à legislação contra a violência, o racismo, a xenofobia e a intolerância no desporto, na sequência dos insultos racistas ao brasileiro Vinícius Júnior, avançado do Real Madrid, no jogo realizado no domingo, em Valência.
"O objetivo da proposta será o de pedir que a LaLiga possa agir disciplinarmente em casos como este nos campeonatos profissionais, de maneira a que os órgãos disciplinares da LaLiga os possam punir com o encerramento total ou parcial dos estádios dos infratores, entre outros", explicou o organismo.
O organizador da Liga espanhola advertiu que "lidera, há anos, a luta contra a violência, o racismo e a intolerância, dentro e fora dos estádios de futebol", assinalando que todas as semanas apresenta um relatório ao Comité de Competições da Real Federação Espanhola de Futebol e à Comissão Antiviolência.
No domingo, o jovem avançado brasileiro, de 22 anos, foi, mais uma vez, alvo de insultos racistas por parte de alguns adeptos, que motivaram reações de vários quadrantes, nomeadamente do presidente do Brasil, Lula da Silva, e do líder da FIFA, Gianni Infantino.
Nos últimos meses, Vinícius tem sido alvo de vários insultos racistas e, no final de janeiro, o jogador foi o protagonista de um episódio que levou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a enviar uma carta às entidades que regem o futebol (FIFA, UEFA e CONMEBOL) a solicitar medidas concretas para punir os comportamentos racistas e aumentar a consciencialização sobre o tema.
No Estádio Mestalla, em Valência, Vinícius, que acabou expulso depois de agredir um adversário, mesmo no final do encontro (90+7 minutos), que os 'merengues' perderam por 1-0, criticou a Liga espanhola e os adeptos com uma mensagem publicada nas redes sociais.
"Não foi a primeira vez, nem a segunda, nem a terceira. O racismo é normal na LaLiga. A competição acha que é normal, a federação acha que é normal e os adversários encorajam-no. Lamento-o. O campeonato que já pertenceu a Ronaldinho, Ronaldo, Cristiano e Messi hoje pertence aos racistas", escreveu o futebolista na rede social Twitter.
O Real Madrid também já informou ter apresentado uma queixa na Procuradoria-Geral "por delitos de ódio e discriminação" para com o internacional 'canarinho'.
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