Com uma final europeia a três dias de distância, ninguém pode questionar o facto de Unai Emery ter apostado em... dez suplentes. O resultado foi mau, a exibição paupérrima, mas o que importa mesmo na cabeça dos jogadores do Sevilha é o tão aguardado duelo frente ao Benfica.
Se se compreende que os habituais titulares pudessem estar somente focados em Turim, a resposta dos elementos suplentes foi desoladora. Ao invés de tentarem agarrar uma oportunidade no onze, de forma a baralhar as ideias do treinador, eis que raros foram as exceções à mediocridade. Pode concluir-se que as pernas estavam em Getafe mas o coração há muito que se encontra em Turim.
O único jogador do onze que deverá ser aposta inicial de Emery para a decisão com os encarnados foi o central Fazio, e até esse demonstrou enorme passividade e pouca vontade, talvez como receio de se lesionar. Otécnico fez-lhe a vontade, e nos primeiros minutos da segunda parte retirou-o do campo e fez entrar Pareja, o habitual companheiro no eixo defensivo. De resto, Diogo Figueiras foi titular na lateral direita, enquanto Beto ficou no banco e Daniel Carriço nas bancadas. Em jogo da penúltima jornada da liga espanhola, o Sevilha “precisava” de vencer para consolidar o seu 5.º lugar, mas nem isso pesou na cabeça dos jogadores.
O foco e a prioridade passam por Turim e até houve espaço de manobra para Emery apostar em três jogadores das camadas jovens de início: Cotán, Moisés e Fernández. Começa-se assim a perceber a razão pela qual o Sevilha deve ter realizado dos piores encontros desta época na prova. Perdeu apenas por um golo, mas quem tinha vontade de jogar era o Getafe, que precisava urgentemente de conquistar os três pontos para se manter no primeiro escalão.
Diferenças
Obviamente, entende-se que a equipa que entrou ontem em campo em nada vai ser semelhante à que defrontará as águias, mas se a forma de jogar for idêntica, os andaluzes vão ter muitas dificuldades. A bola parecia que queimava e o ataque resumiu-se a chutão para a frente à espera que alguém inventasse uma jogada de génio. Para se perceber a inoperância ofensiva do Sevilha, basta constatar que rematou só por uma vez à baliza de Júlio César (ex-Benfica), por intermédio de Marin. No final não houve tempo para lamentos, porque as malas para Turim estão feitas.
POSITIVO
- Marko Marin sabe que não deve ser titular em Turim, mas fez pela vida em Getafe. Dinâmico e com vontade (dos poucos), o alemão esteve em bom plano e foi “recompensado” com uma substituição cedo. Emery deverá lançá-lo frente ao Benfica
- Apesar de não ter feito um jogo com nota artística, Diogo Figueiras apresentou-se em bom plano no flanco direito. Criou vários lances ofensivos, ajudando a desequilibrar a defesa contrária
- A postura de Emery no banco foi digna. Não obstante a má exibição, o técnico não parou de incentivar os jogadores do Sevilha, relembrando-lhes que o jogo com o Getafe era a doer também
NEGATIVO
- Fazio, habitual titular no eixo defensivo, registou uma pálida exibição. A pensar em Turim, o argentino foi lento a decidir os passes em zonas proibidas, fez fintas perigosas na sua área e denotou enorme lentidão de processos
- É verdade que o ataque do Sevilha era composto por elementos “estranhos”, mas terminar o jogo com um remate na direção da baliza é muito pouco
- Estranhamente, os andaluzes tiveram enorme dificuldade nos lances de bolas paradas. Sem a habitual intensidade, o Getafe ganhou vários lances aéreos e esteve diversas vezes perto de aumentar a contagem. Valeu Javi Varas...
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