Juan Rubiales, tio e antigo chefe de gabinete de Luis Rubiales na federação espanhola de futebol, deu entrevistas ao 'El Mundo' e ao 'El Cofidencial' onde não só revelou detalhes da gestão do líder federativo, como também falou de alguns escândalos a envolver o sobrinho. E não se mostrou surpreendido com o beijo de Luis a Jenni Hermoso na final do Mundial feminino, na Austrália...
"As imagens não me surpreenderam, mas causaram-me impacto. O Luis sempre foi um homem machista, muito arrogante. Não quer ser um político, mas sim um guerreiro", explica o tio. "É um tipo obcecado pelo poder, pelo luxo, pelo dinheiro e pelas mulheres. Acho que é um miúdo... Peço generosidade à sociedade espanhola, que tem sido muito contundente com ele. Porque acredito que este rapaz precisa de um programa de reeducação social e de reeducação da sua relação com a mulher."
Juan Rubiales recorda os primeiros desentendimentos com o sobrinho: "O primeiro foi quando me disse que nunca mais o chamasse 'Luis', mas sim 'presidente'. E deixou-me claro que nunca se enganava porque ele era o responsável máximo. Passámos a apelidá-lo de 'Kennedy', não queria ter gente à sua volta que o contrariasse."
Festas com mulheres
O tio de Rubiales contou detalhes sobre uma festa levada a cabo pelo presidente da federação em Salobreña, que contou com jovens mulheres. "Eu estava em Marbella, a promover a segunda Divisão B, e disseram-me que havia uma reunião de trabalho em Salobreña. Mandaram-me a morada por Whatsapp e fui. Surpreendeu-me porque a federação tinha uma junta gestora e não havia nenhuma reunião de trabalho programada. Quando cheguei disseram-me 'esta tarde há uma festa e vêm umas miúdas'. E de facto o Nené [antigo futebolista, amigo de Luis Rubiales] apareceu com umas 8 ou 10 raparigas. Quando vi aquilo disse-lhe 'estás louco?! Têm 18 anos, podiam ser tuas filhas!' E fechei-me no quarto."
E prosseguiu: "Eram aquilo a que hoje em dia se chama 'raparigas de imagem', miúdas a quem se paga para participar numa festa e dar ambiente. A partir daí, o que acontece, acontece. Chegaram por volta das cinco da tarde e saíram às 10 da noite."
Juan Rubiales estranhou o facto de para aquela reunião não ter sido chamada nenhuma mulher da federação. "Supostamente era para tratar do plano sanitário por causa da Covid, mas por que razão, por exemplo, não foi a responsável médica da federação? Nem a responsável da comunicação? O Luis foi ao meu quarto e perguntou. 'Que se passa?' Disse-lhe que não queria participar naquilo e ele respondeu: 'És sempre a mesma coisa, um chato'."
A viagem a Nova Iorque
O tio recorda outro episódio: "Um vez disse-me: 'dentro de poucos dias vou a Nova Iorque fazer uma negociação e espero que venhas'. Então fui. Quando chego lá dou-me conta que não há negociações, reuniões nem nada. Esperava-nos um carro, alugado pela federação, que nos conduziu a um hotel no centro, onde estava uma rapariga com quem ele esteve o tempo todo."
"Ele vendeu isto como uma reunião de trabalho mas não era verdade. Nos cinco ou seis dias de viagem esteve sempre com ela, foi uma viagem de férias com aquela mulher. Aliás, acho que foi o 'El Confidencial' que publicou o áudio em que ele nos dava as instruções: 'Ouve António, ouve, Juan, se a imprensa perguntar, diz-lhes que amanhã temos uma reunião na ONU'. E acho que também diz 'ou com a MLS e mais não sei quem'. Dava-nos instruções para encobrir esta viagem", acrescentou.
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