Apesar de nunca ter jogado no clube, Alfonso Pérez dá nome desde a inauguração ao estádio do Getafe. Algo que poderá no futuro mudar. Tudo por causa de umas polémicas declarações do antigo internacional espanhol ao jornal 'El Mundo' sobre a seleção feminina espanhola, na qual chamou até Pep Guardiola à conversa. "No caso de Guardiola como outros como ele e também das raparigas, obrigava-os a beijar a bandeira espanhola para saber que defendem com honra e honestidade a camisola do seu país. Isso primeiro e depois os protestos que quiseres fazer. Parece-me bem que peçam o que considera, mas a seleção está acima disso", atirou o antigo jogador, agora com 51 anos, que passou por clubes como Real Madrid, Betis ou Barcelona.
Agora, dois dias depois de umas palavras que chocaram os espanhóis, a falange de apoio do Getafe mostrou o seu desagrado, por não se identificarem com aquilo que a pessoa que dá nome ao seu estádio proferiu. O movimento começou na Federación de Peñas (Associação de Casas do clube) e esta terça-feira ganhou mais força com a intervenção da alcaldesa de Getafe.
"Já nos colocámos em contacto com o Getafe e os seus adeptos para tomar as medidas necessárias a favor da igualdade na nossa cidade. Um dos desportistas mais laureados da nossa cidade transmite ideias que não se adequam à cidade de Getafe. Aqui fomentamos os valores do desporto, da igualdade, respeito e solidariedade. Entristece-me que diga que as jogadoras não têm de se queixar do estado do mundo do futebol. Houve agressões sexuais, foram denunciadas atitudes machistas. Reclamaram condições laborais mínimas e não esperava menos que um desportista como o Alfonso Pérez viesse a público não só para denunciar, mas também para apoiar as suas companheiras", disse Sara Hernández.
Por Record