D. Alfredo, irritado como sempre pela derrota, não se esqueceu e pagou a promessa...
A final de Amesterdão, a 2 de maio de 1962 (5-3 a favor das águias), simbolizou uma passagem de testemunho no futebol europeu: do Real Madrid para o Benfica, de Di Stéfano (perto de completar 36 anos) para Eusébio (de 20 anos). Antes do jogo já o rei tinha solicitado a Coluna que intercedesse junto do ídolo para lhe dar a camisola.
D. Alfredo, irritado como sempre pela derrota, não se esqueceu e pagou a promessa. Eusébio recebeu o troféu mais desejado mas não pôde seguir logo para os balneários – no meio da confusão, ainda se cruzaram, como confirma o registo fotográfico.
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Foi apanhado na curva pelos adeptos, que o transportaram em ombros por todo o terreno.O Pantera Negra resolveu esconder a camisola dos seus amores como se de um diamante se tratasse: meteu-a por dentro dos calções e foi pedindo aos adeptos em delírio que o levassem para as cabinas. Mesmo sem terem obedecido imediatamente, a verdade é que a história teve final feliz.
“Sempre foi o Di Stefano.Em África já ouvia falar dele e quando cheguei a primeira coisa que disse ao Coluna foi que um dia queria conhecer o senhor Alfredo di Stéfano. Calhou na final da Taça dos Campeões Europeus. O Coluna chamou-me antes de o jogo começar e apresentou-me ao Di Stefano. Eu não falava nada de espanhol, mas desejei-lhe sorte e pedi-lhe que me desse a camisola no fim do jogo.Ganhámos ao Real Madrid, eu marquei dois golos, mas nem queria saber da Taça dos Campeões. A minha alegria era ter a camisola do Di Stefano.Na festa, fiquei de cuecas e, por isso, tivede guardar a camisola do Di Stéfano nas cuecas. No balneário, tirei a camisola e beijei-a. Para mim, isso era mais importante do que a Taça dos Campeões", contava Eusébio.
Eusébio partiu no dia 5 de janeiro de 2014. Di Stéfano faleceu esta segunda-feira, aos 88 anos.
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