Javier Tebas, presidente da LaLiga, compareceu esta quinta-feira numa conferência de imprensa onde abordou os mais recentes
insultos racistas dirigidos a Vinícius Júnior no Mestalla, referindo que entende o porquê da "frustração" do extremo brasileiro do Real Madrid.
"Quero que conheçam a minha relação pessoal com o Vinícius. Quando chegou à primeira equipa, perguntaram-me qual era o jogador que podia substituir Messi. Eu disse que era o Vinícius. Isto foi há bastante tempo. Ele vai ser Bola de Ouro no futuro. É um ativo importantíssimo do Real Madrid e da sua seleção", começou por dizer Tebas.
E prosseguiu, abordando os insultos racistas: "Aqui lutamos contra qualquer insulto, seja racista ou homofóbico. Lembro-me que já houve gritos contra outros jogadores que deram início a uma batalha que vencemos. Tive de ser escoltado durante bastante tempo. Esta batalha começou há anos. Começámos a denunciar isto há mais de dois anos. Recorremos ao nível judicial porque começaram os crimes de ódio. Isto começou em 2020".
Tebas referiu ainda as várias ocasiões em que o Ministério Público espanhol arquivou as queixas realizadas pela LaLiga. "A 14 de março de 2022, num Maiorca-Real Madrid, arquivaram a denúncia. No jogo contra o Atlético de Madrid, voltaram a arquivar. Tudo isto aconteceu antes dos incidentes no Mestalla. A 4 de abril, o Vinícius teve que testemunhar por vídeo-conferência em Maiorca. Dentro de meses resolveremos este assunto. Não entendo o racismo. Entendo que o Vinícius esteja frustrado. Estamos muito focados nesta luta e o jogador está a ser alvo de insultos por ser um grande jogador".
O dirigente mostrou-se ainda preocupado com a imagem da LaLiga: "Estou preocupado e vamos trabalhar para encontrar uma solução. O futebol não é racista. É um golpe que levámos e vamos trabalhar para recuperar a reputação que possamos ter perdido. Vamos lutar contra este contratempo", rematou.
Por Record