Irmã de Griezmann recorda ataques terroristas em Paris: «Alguém ao meu lado mexeu-se e foi alvejado»

Ataques terroristas em Paris aconteceram há 10 anos
• Foto: AP

13 de novembro de 2015. Foi há precisamente 10 anos que França foi 'atingida' por um momento trágico, os ataques terroristas em Paris e Saint-Denis que vitimaram 130 pessoas e resultaram em mais de 400 feridos. Entre as centenas que viveram horas de pânico, estava Maud, irmã de Antoine Griezmann, que se encontrava a assistir a um espetáculo no Bataclan. E, naturalmente, esse será um dia para nunca mais esquecer... pelos piores motivos.

"Ao início pensávamos que era uma brincadeira, que fazia parte do espetáculo. Foi aí que começámos a ouvir os gritos. Alguém ao meu lado mexeu-se e foi alvejado. Ouvi essa pessoa a cair. Depois, o silêncio foi ainda mais terrível. Não sabíamos o que estava a acontecer", explicou Maud, citada pela 'Marca'.

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O irmão, o internacional francês Antoine Griezmann, estava naquele momento no Stade de France, onde França e Alemanha mediam forças num particular. E só depois do apito final, quando todos recolheram aos balneários, teve noção de tudo o que por ali se passava.

"É algo que deixa marcas. Não precisei de ajuda psicológica porque a minha família e os meus amigos cuidaram de mim. Conversei com o Antoine uma semana depois e ele disse-me que tinha uma personalidade forte. Agora estou a seguir em frente, embora não esqueça esse episódio. Tento colocar as coisas em perspetiva e digo a mim mesma que preciso de aproveitar com a minha família", reforçou Maud.

Aristide Barraud foi obrigado a deixar o râguebi

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O antigo jogador de râguebi Aristide Barraud foi outro dos sobreviventes. Atualmente com 36 anos, o francês estava num restaurante, onde foi alvejado no pulmão e na perna e esteve mesmo às portas da morte. Agora, dedica-se à escrita e à fotografia: "O meu corpo está destruído. Quando penso no dia dos ataques, é algo que me custa a acreditar. O que me vem à mente é o orgulho e a felicidade que sinto por ter uma vida normal hoje, por ter deixado aquilo para trás. Por ter reconstruído a minha vida", explicou Barraud, que naquele dia se colocou à frente da irmã para a proteger.

Por André Santos
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